Resumo
A cultura da pixação é uma ação cercada de mitos e sua documentação ainda é escassa. Essa falta de registros e por sua cultura dispensar a participação e autorização do público nãopixador faz com que se imagine que esses traçados rápidos sejam apenas uma ação impulsiva, de pura rebeldia e sem sentido. No entanto, a pixação que vemos nas paredes da cidade é apenas um detalhe, por trás dos traços existe um complexo movimento social desconhecido pela maioria da população. Escrita com “x” pelos adeptos dessa cultura, o Movimento Pixo, como é chamado pelos pixadores, consiste na marcação de território, apreciação estética e comunicação interna. É diferente da pichação com “ch”, esta se refere às frases de protesto, escritas com letras legíveis à população, como aconteceu durante a ditadura militar e as revoltas estudantis em Paris, 1968, onde os jovens escreviam frases contra a situação política e educacional da época. (NASCIMENTO, 2012) Neste artigo será apresentado o Movimento Pixo de São Paulo, seu conceito, características, convenções que regem o movimento e como chegou ao triângulo mineiro, mais especificamente em Uberlândia, onde a cultura da pixação se fortaleceu.
Referências
NASCIMENTO, Luiz Henrique Pereira. Pixação: Arte encima do muro. 2012. 19 f. Monografia. Faculdade de Filosofia, Humanidades e Direito da Universidade Metodista de São Paulo, Campinas, 2012.
PEREIRA, Alexandre Barbosa. As marcas da cidade: a dinâmica da pixação em São Paulo. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 79, p. 143-162, 2010.
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