Resumo
A obra da historiadora da arte Hanna Levy, além da investigação de estudos de caso, é marcada por uma notável preocupação teórico metodológica. Em sua tese de doutorado defendida na Sorbonne em 1936, Henri Wölfflin: sa théorie, ses prédecesseurs, criticou o formalismo evolutivo de Wölfflin, procurando demonstrar que Burckhardt, a quem Wölfflin chega a recorrer para amparar sua própria tese, na verdade teorizou em direção diversa da assumida por seu famoso aluno, promovendo uma história da arte relacionada ao campo maior da história da cultura e não calcada apenas na evolução morfológica dos estilos. No final de sua tese e ainda em uma breve comunicação apresentada em Paris, em 1937, Hanna Levy aponta a alternativa teórico-metodológica que julga superior às de Burckhardt e Wölfflin: o desenvolvimento de uma sociologia da arte.
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