Banner Portal
Fluxus e [re]fluxus
No centro, ilustração de aparência antiga com um homem de vestes amarelas escrevendo com uma pena em um caderno, em frente à um armário de madeira. As partes superior e inferior da capa contém um fundo azul com as informações sobre o evento.
PDF

Palavras-chave

Grupo fluxus
História da arte
Museus de arte

Como Citar

LIMA, Ana Paula Felicissimo de Camargo. Fluxus e [re]fluxus: uma [auto]historização. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 5, p. 245–253, 2009. DOI: 10.20396/eha.5.2009.4015. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4015. Acesso em: 10 out. 2024.

Resumo

A produção Fluxus sendo ultimamente recebida (e desejada) por coleções e instituições bem como aparecendo em pesquisas e publicações de História da Arte, recebe camadas culturais distantes mesmo daquelas propostas em sua origem nos idos dos anos 1960 e 1970. Este Fluxus, institucionalizado e permeado por parâmetros pautados por historicidade, autenticidade e autoria, transformou-se em (re)Fluxus revestido por valores a atender, antes mesmo de sua condição artística e histórica, ao mercado de arte. Entretanto o próprio Fluxus, proposto como rede aberta de tendências anárquicas, chegou a aplicar algumas dessas “regras do jogo” provocando seus primeiros paradoxos. Assim Fluxus e [re]Fluxus, inserido em exposições, acervos, cronologias históricas e designado “herança e capital cultural”, encapsou(-se) de uma membrana a qual aponta para preservação em amplo sentido. Propomos discutir como estas abordagens que a princípio aparentam ser dicotômicas, estão em comunicação bem como indicar alguns questionamentos suscitados por esta nossa observação.

https://doi.org/10.20396/eha.5.2009.4015
PDF

Referências

BLOCK, René; BERGER, Tobias. O que é Fluxus? O que é Fluxus? O que não é! O porquê. Brasilia e Rio de Janeiro/ Detroit: Centro Cultural do Banco do Brasil/ The Gilbert an Lila Silverman Collection Foundation, 2002. p. 42

CAGE, John. De Segunda a um Ano. São Paulo: Hucitec, 1985. p.22, 24, 51 e 50

Aberta a 17ª Bienal, com os elogios e as críticas de sempre. FOLHA DE S.PAULO. São Paulo: 15 out. 1983. s.p.

DANTO, Arthur. O mundo como armazém: Fluxus e Filosofia. O que é Fluxus? O que não é! O porquê. Brasília e Rio de Janeiro/ Detroit: Centro Cultural do Banco do Brasil/ The Gilbert an Lila Silverman Collection Foundation, 2002. p.23.

GEORGE MACIUNAS PARA KEN FRIEMAN (TRECHO), 23 DE NOVEMBRO DE 1966. O que é Fluxus? O que não é! O porquê. Brasilia e Rio de Janeiro/ Detroit: Centro Cultural do Banco do Brasil/ The Gilbert an Lila Silverman Collection Foundation, 2002. p. 187.

HAPGOOD, Susan. Artists’ Interview: Daniel Spoerri. Neo-Dada. Redefining Art 1958 – 62. Nova Iorque: The American Federation of Arts/ Universe Publishing, 1994. p. 132.

HIGGINS, Dick. Dick Higgins para George Maciunas, 23 de agosto de 1966. O que é Fluxus? O que não é! O porquê. Brasilia e Rio de Janeiro/ Detroit: Centro Cultural do Banco do Brasil/ The Gilbert an Lila Silverman Collection Foundation, 2002. p. 180 e 181.

HIGGINS, Dick. Fluxus: Theory and Reception. The Fluxus Reader. Grã Bretanha: Academy Editions, 1998. p. 235

KELLEIN, Thomas. Fluxus: “Acabamos sendo um bando de palhaços”. O que é Fluxus? O que não é! O porquê. Brasília e Rio de Janeiro/ Detroit: Centro Cultural do Banco do Brasil/ The Gilbert an Lila Silverman Collection Foundation, 2002. p.52.

MAC LOW, Jackson. How Maciunas met the New York avant garde. Fluxus Today and Yesterday. Art & Design. Nº 28. Londres: Academy Group, 1993. s.p.

MACIUNAS, George. Fluxus (seu Desenvolvimento Histórico e sua Posição em Relação a outros Movimentos de Vanguarda), 1966. Op.cit. p. 172.

MILLER, Larry. Entretien avec George Maciunas, Larry Miller, 24 mars 1978. Fluxus Dixit. Une anthologie vol.1. Dijon: Les Presses du réel, 2002. p. 53.

MOORE, Barbara. George Maciunas: a finger in Fluxus. Artforum. Nova Iorque: outubro 1982. p.38.

PEDROSA, Mário. A obra de Lygia Clark. Lygia Clark: da obra ao acontecimento. Somos o molde. A você cabe o sopro. Nantes/ São Paulo: Musée des Beaux-Arts / Pinacoteca do Estado de São Paulo, 08 out. a 31 dez. 2005/ 25 jan. a 26 mar. 2006. p. 29.

VAUTIER, Ben. Ben Vautier para Fluxus, 1966. Op cit. p. 185 e 186.

WIJERS, Louwrien. Fluxus Yesterday and Tomorrow. An artist’s impression. Fluxus Today and Yesterday. Art & Design Magazine nº 28. Londres: Academy Group Ltd, 1993. p. 8.

ZELLER, Ursula. A long tale with many knots. Fluxus in Germany 1962 – 1994. Stuttgart: Instituts für Auslandsbezienhungen, 2005. p.3.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2009 Ana Paula Felicissimo de Camargo Lima

Downloads

Não há dados estatísticos.