Resumo
O ano de 1941 é emblemático para as artes plásticas cearenses. Até então, raros eram os contatos dos artistas locais com os artistas de outros centros - a exceção foi a Exposição Paulista no Norte em 1937, organizada pelo pintor paraense, radicado em São Paulo, Waldemar da Costa que após sua passagem por Fortaleza, levou a mostra para Belém do Pará divulgando as concepções modernistas da Semana de 22; todo conhecimento artístico chegava através de livros, revistas e jornais; e o meio cultural encontrava-se disperso e sem uma entidade que congregasse os artistas, o que contribuía para o individualismo entre eles. A maioria dos artistas era de origem humilde, o que os obrigava a ter uma outra profissão como fonte de renda a fim de “viver de uma arte que não podia fazê-los viver. ” De uma maneira geral, os artistas trabalhavam na produção de cartazes publicitários ou em estúdios fotográficos fazendo retratos pintados. Desta forma, desenvolviam atividades mais lucrativas e relacionadas ao fazer artístico. Desta época, destacam-se os pintores Gerson Farias, Pretextato Bezerra (TX), Afonso Bruno e Clidenor Capibaribe (Barrica) que, nos anos 30, já percebiam a necessidade de aglutinação dos artistas, porém faltava a eles a figura de um líder, que só apareceria anos depois.
Referências
ESTRIGAS (Nilo de Brito Firmeza). A arte na dimensão do momento. Fortaleza: Imprensa Universitária UFC, 1997, v. 1 e 2.
ESTRIGAS (Nilo de Brito Firmeza). A fase renovadora na arte cearense. Fortaleza: Edições Universidade Federal do Ceará, 1983.
RODRIGUES, Kadma. Barrica: o gesto que entrelaça história e vida. São Paulo: Annablume, 2002.
ZANINI, Walter, (Org.). História Geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983.
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Copyright (c) 2009 Sabrina Albuquerque de Araújo Costa