Resumo
Este artigo gravita sobre uma questão latente do final do século XIX: a articulação entre Luxúria, morte e prazer. Certamente esta questão não nasce no bojo daquilo que hoje, grosso modo, chamamos de Decadentismo e Simbolismo, contudo neste período, irrefutavelmente, ganha nova roupagem e dita novas diretrizes para as artes. Este tema já é revigorado com o Romantismo, a “beleza meduséia” torna-se uma chave importante para a compreensão deste período. O termo, emprestado de Mario Praz, faz menção exatamente ao belo no que tange seus aspectos que parecem contrariá-lo.
Referências
COLI, Jorge. O corpo da liberdade. São Paulo, Ed: CosacNaify, 2010.
COSTA JUNIOR, Martinho Alves. “A presença de Chassériau em Moreau”. In Revista de História da Arte e Arqueologia. N14, CHAA: Campinas, pp. 5-19.
CLAY, Jean. Le Romantisme. Paris, Ed: Hachette, 1980.
DIJKSTRA, Bram. Idols of Perversity: Fantasies of Feminine Evil in Fin-de-Siècle Culture. Oxford, Ed: Oxford University Press, 1988.
FOCILLON, Henri. La peinture au XIX siècle. 1ed. Paris : Renouard, 1927.
GAUTIER, Théophile. “A morte amorosa”. Trad port. Rosa Freire D’Aguiar. In CALVINO, Italo (Org.). Contos Fantásticos do século XIX. São Paulo, Ed: Companhia das Letras, 2004.
HOMERO. Odisséia. Trad. Port. Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro, Ed: Ediouro, 2000.
JACOBS, Carol. “On looking at Shelle’s Medusa”. In Yale French Studies, n. 69, 1985. Pp. 163-179.
PRAZ, Mario. A carne, a morte e o diabo na literatura romântica. Trad port. Philadelpho Menezes. Campinas, Ed: Editora da Unicamp, 1996.
STOKER, Bram. “A selvagem”. Trad. Port. Sonia Moreira. In MANGUEL, Alberto (Org.). Contos de Horror do século XIX. São Paulo, Ed: Companhia das Letras, 2005.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2010 Martinho Alves da Costa Junior