Resumo
Trago aqui as reflexões que permearam as decisões conceituais e práticas durante a elaboração e a configuração do projeto para a nova museografia do Museu D. João VI, uma atividade que, do ponto de vista de uma expectativa tradicional, coloca “o historiador da arte para além da academia”, para usar a frase do título dessa mesa de comunicações. Essa atividade, mais projetual do que de pesquisa, é tomada como afim ao desempenho de um arquiteto ou designer de espaço do que às ações de um historiador, visto que os primeiros seriam profissionais da ordem do fazer e da prática e o segundo relacionado ao pensar e às teorias. Isso tem a ver também com a idéia de curadoria, mais propensa a ser identificada como uma conceituação e seleção de certas obras e/ou artistas para exibição, que demanda um conhecimento de história da arte, e, em grande parte, desconsidera sua abrangência, que inclui a determinação de como as obras serão apresentadas e como se articularão no espaço expositivo.
Referências
MITCHELL, W. J. T. Picture theory; essays on verbal and visual representation. Chicago/London: The University of Chicago Press, 1995.
PEREIRA, Sonia Gomes (Org.). 180 anos de Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997 e PEREIRA, Sonia Gomes (Org.). 185 anos de Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002.
PEREIRA, Sonia Gomes. O novo museu D. João VI. Rio de Janeiro: EBA/UFRJ, 2008.
SHERIFF, Mary. Art history: new voices / new visions. Eighteenth-Century Studies, vol. 25, summer, 1992.
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