Resumo
Uma manifestação autônoma é aquela que se autogoverna, segue um conjunto de leis internas e pode ser estudada isoladamente de seu contexto. Dizer que a arquitetura é uma manifestação autônoma é tomá-la como uma área do conhecimento que não é atingida pelas forças externas ao seu campo de atuação. Mas a arquitetura se vincula com questões urbanas, com as forças sociais, econômicas e culturais em curso. Por isso, no início dos anos 1970, o arquiteto suíço - francês Bernard Tschumi defendia que, para além de tratar de suas próprias preocupações e problemas intrínsecos (como conceber espaços harmônicos, aprazíveis e ao mesmo tempo funcionais), a arquitetura também deveria partilhar preocupações e problemas com outros campos do saber.
Referências
FER, Briony et al. (1998). Realismo, Racionalismo, Surrealismo. A arte no entre-guerras. Trad. Cristina Fino, São Paulo: Cosac e Naify Edições.
MARTIN, Louis (1990). “Transpositions: On the intellectual origins of Tschumi’s architectural theory”. Assemblage, no 11, abril de 1990, p.22-35.
McDONOUGH, Tom (2002). “The Crimes of the Flaneur”. October, vol. 102, outono de 2002, p. 101-122.
RANCIÈRE, Jacques (2005). A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica C. Netto. SãoPaulo: Editora 34.
TSCHUMI, Bernard (1975). “The Environmental Trigger”. In: GOWAN, James. A Continuing Experiment: Learning and Teaching at the Architectural Association. London: Architectural Press, p. 89-99.
TSCHUMI, Bernard (1979). Architectural Manifestoes. Catálogo de exposição. Londres: Architectural
Association.
TSCHUMI, Bernard (1994). The Manhattan Transcripts. London: Academy Editions.
TSCHUMI, Bernard (1996). Architecture and disjunction. Cambridge: MIT Press.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2010 Marilia Solfa