Resumo
No Brasil, o artista Lívio Abramo (1903-1992) nunca se dedicou, exclusivamente, ao seu próprio trabalho artístico, apesar de destacar-se como gravador já no final dos anos 40. Suas atividades artísticas sempre foram entremeadas por compromissos da ordem da sobrevivência ou da militância política partidária ou sindical. A descontinuidade em seu ritmo de produção de gravura, em especial, chegando a intervalos de quatro ou cinco anos, o acompanha também no Paraguai. Mesmo depois de muito tempo, sem exercer a militância política ou o jornalismo e, de certa forma, estabilizado financeiramente, Lívio julgava-se um artista bissexto por reconhecer uma ausência de regularidade na produção de suas obras. Depois de muitos anos, acreditava ainda que a sua única profissão era o jornalismo, pois era dela que provinha o sustento regular de sua família e não da Arte.
Referências
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