A atemporalidade do vestuário botticelliano e sua recepção na historiografia artística
PDF

Palavras-chave

Botticelli
História da Arte
Vestuário

Como Citar

CARVALHO, Larissa Sousa de. A atemporalidade do vestuário botticelliano e sua recepção na historiografia artística. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 6, p. 231–240, 2010. DOI: 10.20396/eha.6.2010.3826. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/3826. Acesso em: 7 maio. 2024.

Resumo

Uma enorme fortuna crítica envolve a vida e obra de Sandro Botticelli (c.1444/5-1510). No entanto, os significados continuam flutuantes e as interpretações em aberto. Nem mesmo a “crise de explicação excessiva”, observada por Sergiusz Michalski, trouxe respostas que solucionassem os mistérios e ambigüidades que cercam, ainda hoje, o trabalho do artista. Um fator que contribui fortemente para a indefinição de suas figuras é o tratamento reservado às vestimentas e aos acessórios. Sua relevância é sugerida até mesmo pela célebre citação do ator e escritor inglês Peter Ustinov: “Se Botticelli estivesse vivo hoje, estaria trabalhando para Vogue”; ressaltando a relação do artista com um possível campo da “moda”. Porém, antes de adentrar neste tema, caberá resgatar um pouco do que os autores construíram textualmente ao redor das obras, bem como seus modos de aproximação, metodologias e entendimentos gerais sobre suas poéticas.

https://doi.org/10.20396/eha.6.2010.3826
PDF

Referências

ARGAN, Giulio Carlo. “Botticelli [1957]”. In: Clássico Anticlássico. O Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

FERNANDES, Cássio da Silva. “Jacob Burckhardt e Aby Warburg: da arte à civilização italiana do Renascimento”. Locus: Revista de História, Juiz de Fora, v.12, n.1, 2006, p., 135.

GOMBRICH, E. H. “Aby Warburg: His Aims and Methods: An anniversary Lecture” In. Journal of the Warburg and Courtlauld Institutes, Vol. 62 (1999), pp. 268-282.

GOMBRICH, E. H. Botticelli’s Mythologies: A Study in the Neoplatonic Symbolism of His Circle. In: Journal of the Warburg and Courtauld Institutes, Vol. 8 (1945), p. 7-60.

GOMBRICH, E. H. The dissertation on Botticelli (1888-1891). In: Aby Warburg – an intellectual biography. Chicago: The university of Chicago Press, 1986.

LIGHTBOWN, Ronald. Sandro Botticelli. Life and Work. London, Thames and Hudson, 1987.

MICHALSKI, Sergiusz. Venus as Semiramis: A New Interpretation of the Central Figure of Botticelli’s ‘Primavera’. In: Artibus et Historiae. Vol. 24, No. 48 (2003), pp. 213-222.

PANOFSKY, Erwin. “Rinascimento dell’antiquita: o século quinze”. In: Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental. Lisboa: Editorial Presença, 1980.

PEARCE, Stella Mary. The Study Costume in Painting. In: Studies in Conservation, Vol. 4, No. 4 (Nov., 1959), p. 127-139.

SMITH, Webster. On the Original Location of the Primavera. In: The Art Bulletin, Vol. 57, No. 1 (Mar., 1975), pp. 31-40.

VASARI, Giorgio. Lives of the artists. Tradução e seleção de George Bull. London Penquin Books, 1987.

WARBURG, Aby. “Sandro Botticelli’s Birth of Venus and Spring. An Examination of Concepts of Antiquity in the Italian Early Renaissance (1893)”. In: The renewal of pagan antiquity. Los Angeles: Getty Institute, 1999.

WIND, Edgar. “Botticelli’s Primavera”; “The Birth of Venus”. In: Pagan Mysteries in the Renaissance. London and New York: W. W. Norton & Company, 1958.

ZIRPOLO, Lilian. Botticelli’s ‘Primavera’: A Lesson for the Bride [1989]. In: Woman’s Art Journal. Vol. 12, No. 2 (Autumn, 1991 – Winter, 1992), pp. 24-28.

ZÖLLNER, Frank. Botticelli, Images of Love And Spring. Munich/London/New York: Prestel-Verlag, 1998.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Larissa Sousa de Carvalho

Downloads

Não há dados estatísticos.