Entre a cidade real e a cidade ideal
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Palavras-chave

Urbanização
Minas Gerais
Período colonial
Câmara Municipal

Como Citar

BORSOI, Diogo Fonseca. Entre a cidade real e a cidade ideal: agentes e representações de Mariana –MG (1711-1808). Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 6, p. 139–145, 2010. DOI: 10.20396/eha.6.2010.3811. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/3811. Acesso em: 6 maio. 2024.

Resumo

Grande parte a bibliografia recente a respeito da história das cidades brasileiras tem se apoiado em fontes de origem iconográfica ou cartográfica. Os primeiros pesquisadores a lançarem mão destas fontes foram Nestor Goulart Reis Filho em “Evolução Urbana no Brasil” (1968) e Paulo Ferreira Santos em “Formação de Cidades no Brasil Colonial” (1968). Ambas as obras citadas estão inseridas em uma discussão acerca da morfologia dos núcleos coloniais brasileiros, a qual é iniciada por Sérgio Buarque de Holanda em um ensaio intitulado O Semeador e o Ladrilhador que compõe o livro Raízes do Brasil (2005). Nesta obra, A urbe tem um papel racionalizador e colonizador, que destoa do perfil aventureiro do português, preocupado com o enriquecimento fácil, sem vínculos duradouros com os lugares onde passava. Suas cidades seriam semeadas pelo litoral sem compromisso; sua forma foi ordenada pelo relevo e sua construção se deu sem “nenhum rigor, nenhum método, nenhuma previdência, sempre esse significativo abandono que exprime a palavra desleixo” (HOLANDA. 2005, p.110).

https://doi.org/10.20396/eha.6.2010.3811
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Referências

Documentos:

Arquivo Histórico Municipal de Mariana (AHMM):

Códice 705, folha 29;

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