Resumo
O texto apresenta uma perspetiva pessoal sobre a importância do Silêncio para a compreensão do processo de trabalho e da obra de Francisco Laranjo. O silêncio apresenta-se como uma condição empírica, mas, igualmente, como conceito associado ao transcendente e ao sagrado, sendo chave para a reflexão e contemplação da obra do artista, recentemente desaparecido. Neste contexto, o silêncio assume-se como figura do desconhecido onde operam diversos estados de associação, interpretação e performance, na sua prática artística. Desta forma, propõe-se que as suas obras sejam compreendidas como território em si, que não se referem a algo concreto, mas que operem como espelho para pensar o mundo. Assim, propõe-se que as obras sejam entendidas como um lugar, como paisagem, sugerindo-se a designação de paisagem-pintura para caracterizar as obras de pintura realizadas por Francisco Laranjo.
Referências
DELEUZE, Gilles. Lógica da Sensação. Tradução de Roberto Machado. São Paulo: Editora 34, 1990.
LARANJO, Francisco. Solidão e Utopia. Coord. Ed. José da Cruz Santos. Prefácio de Vasco Graça Moura. Apresentação, recolha de textos e imagens de Laura Castro. Textos de Adolfo Montejo Navas, Diogo Alcoforado, Fátima Lambert, Fernando Pernes, George Sherlock, Jacques Rangasamy, Joachim Heusinger Von Waldegg, Joaquim Matos Chaves, Júlio Resende, Mário Cláudio, Park Nam Hee, Seiryo Ikawa. Porto: Mododeler, 2013.
https://www.npr.org/2000/05/08/1073885/4-33 (acedido a 13.07.2023)
Robert Rauschenberg, Erased de Kooning Drawing, 1953, https://www.sfmoma.org/artwork/98.298/ (acedido a 12.07.2023)
https://www.beauxarts.com/grand-format/yves-klein-ou-lapologie-du-vide/ (acedido a 20.08.2023)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Revista Visuais