Resumo
O estudo das relações entre os públicos, a arquitetura e a expografia de museus paisagens de arte contemporânea (MPACs) são fundamentais para os projetos de curadoria e design de exposições nesses espaços. O objetivo deste ensaio teórico é problematizar as relações entre a arquitetura da arte e a interação com os públicos nos MPACs. Partimos dos conceitos de Habitus (Bourdieu, [1966]2007), caixa arquitetônica (Cruz Pinto, 2007) e museu ativo (Montaner, 1995), utilizando a pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica. Concluímos que o diálogo entre a arquitetura da arte, o parque/jardim, as exposições de arte e os públicos em MPACs tem de estar permanentemente presentes, desde a concepção inicial do museu, até as modificações cotidianas por ocasião das montagens e desmontagens de exposições temporárias.
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