Resumo
Este trabalho pretende fazer uma análise sobre a presença e evolução da linha caligráfica oriental no trabalho de Domenec Cobella, em especifico, das suas pinturas de paisagem realizadas entre 2003 e 2012 (fases Espirito Essencial e Espirito Zen). A partir de 2003, com o inicio da etapa Espirito Essencial (2003-2006) a paisagem assume-se como tema principal na obra pictórica deste artista. Nos trabalhos desenvolvidos ao longo deste período, observa-se uma crescente sintetização dos elementos que formam o quadro, assim como o inicio da aplicação da linha como elemento modelador entre signo e significado, numa epitome depurada dos elementos que compõe. Essa depuração é levada ao extremo na fase seguinte, intitulada Espirito Zen (2007-2012) onde se observa um encadeamento na procura da essência dos elementos a representar, numa espécie de sintetização formal dos princípios externos da paisagem. A linha, ou o traço, transformam-se na matéria que conduz a união entre signo e significante, entre pintura e caligrafia, entre forma e mancha, ideia partilhada pelo Principio da Pincelada Única de Shitao.
Referências
CASTELL, Joan Martí, (2006). Corbella - De la pintura existencial a l’essencial. Diputació de Tarragona: Edicions Viena.
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LLOBET et al.(2011) Pels camins mudables de la pintura. Assaigs sobre l’obra de Domènec Corbella. Edicions Universitat Barcelona.
MICHAUX, Henry (2006) Ideogramas en China. Captar mediante trazos. Circulo Bellas Artes.

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