Resumo
As ações de Paulo Nazareth em suas participações nas Bienais de Veneza (2013 e 2015) e nas Bienais de Veneza / Neves – os dois últimos, eventos concomitantes desenvolvidos pelo artista – constituem importantes espaços de reflexão. As propostas representam não somente transgressões próprias da arte contemporânea, mas o desenvolvimento de um espaço crítico frente às instituições artísticas e suas legitimações. O objeto de análise do presente artigo – as exposições mencionadas – é estudado sob a luz de autores que abordam a arte contemporânea e as relações entre arte, política e crítica institucional. Adicionalmente, avalia-se as repercussões dos eventos junto a seu público.
Referências
FIALHO, Ana Leticia. As exposições internacionais de arte brasileira: discursos, práticas e interesses em jogo. Sociedade e Estado. Brasília, v. 20, n. 3, p. 689-713, set./dez. 2005.
FOSTER, Hal. O retorno do real. São Paulo: CosacNaify, 2014.
HEINICH, Nathalie. Le triple jeu de l’art contemporain. Paris: Les Éditions de Minuit, 1998.
MAZZUCHELLI, Kiki. Não seja marginal, não seja herói: a arte brasileira no exterior em tempos de mobilidade acelerada. Tatuí, Recife, n. 11, p. 56-59, 2011.
NAZARETH, Paulo. Paulo Nazareth. Tatuí, Recife, n. 11, p. 42-55, 2011.
OLIVEIRA, Luiz Sérgio de. A mundanidade da arte. Ars. São Paulo, n. 20, p. 137-145, 2012.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2009.
RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
ROCHLITZ, Rainer. Subvertion et subvention. Paris: Gallimard, 1994.
STEYERL, Hito. The institution of critique. In: Rauning, Gerald; Ray, Gene (eds). Art and contemporary critical practice: reinventing institutional critique. Londres: MayFlyBooks, 2009. p. 13-20. Disponível em: http://www.mayflybooks.org. Acesso em: 15 nov. 2015.