Resumo
Como escrever, na perspetiva da arquitetura, sobre um homem que se forma e trabalha como arquiteto, mas que pensa como um filósofo e age como um artista? E que no entanto respira o mesmo tempo de Le Corbusier e de Oscar Niemeyer com quem colabora, nos anos cruciais de 1946-1948/1950-51 (com o primeiro) e 1951-54 (com o segundo)? Que procura o que define engenhosamente como sendo as “leis da harmonia” da arte, por imperativo “matemático”, quando a arquitetura remete para as “leis da perfeição”, sempre adiadas pela função? (Cepeda, 2017, 74). Parece um quebra-cabeças, um enigma. Talvez um koan budista: como estar no centro da arquitetura e negar a arquitetura?
Referências
Afonso, Laura. Arte e arquitectura. In: Choupina, António; Afonso, Laura (coord.). Arquitectura sobre tela.
Architecture on canvas, Câmara Municipal de Chaves, 2017.
Cepeda, João, Nadir Afonso. Arquitecto, Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2013.
Choupina, António; Afonso, Laura (coord.). Arquitectura sobre tela. Architecture on canvas, Câmara Municipal de Chaves, 2017.
Figueira, Jorge. Nadir Afonso: abandonar a arquitectura. In: Choupina, António; Afonso, Laura (coord.). Arquitectura sobre tela. Architecture on canvas, Câmara Municipal de Chaves, 2017, p.118-123.