Resumo
O presente artigo busca analisar o arquivo como um sistema de potenciais hibridizações, as quais permitem conexões entre percepções e/ou sensibilidades que podem ser, à priori, consideradas distantes ou desconexas. Essas questões serão discutidas a partir da obra do artista Paulo Gaiad e das interpretações múltiplas que ela sugere devido às hibridizações presentes nela, não só pelo viés da fatura e das suas obras de técnica denominada "mista", mas também pelo discurso do próprio artista. A questão da multiplicidade interpretativa na obra de Gaiad será colocada em um diálogo com o texto "O Banquete" de Platão, no qual essa questão é debatida a cerca do sentimento do amor.
Referências
BASCHIROTTO, Viviane. Considerações sobre o gesto na fatura, in Paulo Gaiad. In: Dossiê Paulo Gaiad, Revista Punctum, Florianópolis: UFSC, 2012.
CHEREM, Rosângela, SOARES, Luiz Felipe. (Con-)ficções: imaginação poética e vestígios mnemônicos. In: Dossiê Paulo Gaiad, Revista Punctum, Florianópolis: UFSC, 2012.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. Itaú Cultural. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9163/paulo-gaiad?utm_source=paulo%20gaiad&utm_medium=/pessoa9163/paulo-gaiad&utm_campaign=pagina_busca. Acesso em: 18 dez. 2016.
NARLOCH, C. Das artes liberais ao hibridismo: as revoluções dos conceitos nas artes visuais. In: LAMAS, Nadja de Carvalho. (Org). Arte contemporânea em questão. Joinville (SC): Editora da Univille, 2007.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Martin Claret, 2015.