Mujeres Libres: anarcofeminismo e subjetividade na Revolução Espanhola
DOI:
https://doi.org/10.20888/ridpher.v8i00.17474Palavras-chave:
anarcofeminismo, subjetividade, gênero, revolução, poder, solidariedadeResumo
Partindo das questões levantadas pelas teóricas feministas Rosi Braidotti e Elizabeth Grosz, procuro pensar a experiência das militantes anarquistas ligadas ao Grupo Mujeres Libres, durante a Revolução Espanhola, entre 1936-39. Radical em sua contestação do poder de classe e de gênero, o Grupo reuniu mais de quarenta mil afiliadas por toda a Espanha, criou cursos de capacitação das trabalhadoras, creches, postos de saúde para as mulheres e “liberatórios de la prostitución”, e publicou uma revista feminista. Considerando essa ampla experiência política, documentada nos jornais libertários espanhóis, nos treze números da revista Mujeres Libres e em relatos autobiográficos, pergunto se e como o anarcofeminismo praticado por elas criou um modo específico de existência, mais integrado e humanizado; se e como pode operar no sentido de reatualizar o imaginário político e cultural de nossa época. Os operadores conceituais e as problematizações de Michel Foucault sobre a produção da subjetividade são referências fundamentais nessa abordagem.
Downloads
Referências
ACKELSBERG, Martha. Free Women in Spain. Anarchism and the Struggle for the Emancipation of Women. Indianopolis: Indiana University Press,1991.
ALBA, Luz D. (pseudônimo de Luce Fabbri). 19 de julio. Antología de la Revolución Española. Montevideo: Colección Esfuerzo, 1937.
BOOKCHIN, Murray. Los anarquistas españoles en los heroicos 1868-1936. Valencia: Numa Ediciones, 2000.
BRADOTTI, Rosi. Diferença, Diversidade e Subjetividade Nômade. Labrys, estudos feministas, n. 1-2, jul./dez. 2002. Disponível em: https://www.labrys.net.br/labrys1_2/index.html
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. Vol. III - O cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
GADDIS, John Lewis. Paisagens da História. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
MONTSENY, Federica. Mis Primeros Cuarenta Años. Barc: Plaza e Janes Ed. S.A.,1987.
GREENE, Patricia. Federica Montseny: Chronicler of an Anarco-feminist Genealogy. In: Letras Peninsulares. USA, Davidson College, fall 1997.
GROSZ, Elizabeth. Futuro feminista ou o futuro do pensamento. Labrys, estudos feministas, n.1-2, jul./dez. 2002. Disponível em: https://www.labrys.net.br/labrys1_2/index.html
KAPLAN, Temma. Other scenarios: Women and Spanish Anarchism. In: BRIDENTHAL, Renate; KOONZ, Claudia. Becoming Visible. Women in European History. Atlanta: Houghton Miffling Company, 1977.
MANGINI, Shirley. Memories of resistance: Women Activists from the Spanish Civil War. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 17, n.1, p.171-186, 1991.
MUJERES LIBRES: luchadoras libertarias. Madrid: Fundación Anselmo Lorenzo, 1999.
NASH, Mary. Mujer y Movimiento Obrero en España. Barcelona: Fontamara, 1981.
PASSETTI, Edson. Ética dos Amigos. São Paulo: Imaginário, 2003.
RAGO, Margareth. Entre a História e a Liberdade. Luce Fabbri e o Anarquismo contemporâneo. São Paulo: Editora da UNESP, 2001a.
RAGO, Margareth. Es que no es digna la satisfacción de los instintos sexuales? Amor, sexo e anarquia na Revolução Espanhola. In: SOARES, Carmen L. (org.). Corpo e História. Campinas, SP: Autores Associados, 2001b. p.145-161.
RAGO, Margareth. Feminismo e Subjetividade em Tempos Pós-Modernos. Verve, Revista do NU-SOL, PUC-SP, n. 6, 2004, no prelo.
RODRIGO, Antonina. Una Mujer Libre: Amparo Poch y Gascon, médica y anarquista. Barcelona: Ediciones Flor del Viento, 2002.
TRAGTENBERG, Maurício. Memórias de um autodidata no Brasil. São Paulo: Ed. da Unesp/Escuta/Fapesp,1999.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de exclusividade da revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais. Sendo utilizados dados ou o artigo completo para outros fins, o autor deverá solicitar por escrito autorização ao editor para tais fins.
A RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.
Licença utilizada: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Aviso de derechos de autor
Los derechos de autor para artículos publicados en esta revista son de exclusiva de la revista. En virtud de aparecer en esta revista de acceso público, los artículos son de uso gratuito, con atribuciones propias, en aplicaciones educativas y no comerciales. Si se utilizan datos o el artículo completo para otros fines, el autor deberá solicitar por escrito autorización al editor para tales fines.
La RIDPHE_R Revista Iberoamericana del Patrimonio Histórico-Educativo utiliza la licencia de Creative Commons (CC), preservando así la integridad de los artículos en ambiente de acceso abierto.
Licencia usada: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/