Abstract
I analyze in this paper the award for the painting Moenda by Heitor dos Prazeres at the I São Paulo Museum of Modern Art Biennial, identifying what project of modernity his laureate defended. To this end, I examined the reception in the press of Prazeres' activities as a musician and painter in the twenty-five years between the beginning of his professionalization and the award, in 1951. In this research, I could locate a close dialogue stablished by him with the debates regarding the constitution of a project of national identity, and with a political culture produced by Black intellectuals attentive to the constant re-imagining of the mechanisms of racial inequality in which Prazeres was involved as a Black man. Finally, I propose a reading of the canvas Moenda in the light of these experiences.
References
ABREU, Martha C. Músicos negros e racismo no mundo atlântico: o caso de Eduardo das Neves (1874-1919). In: Gabriella Sampaio, Ivana S. Lima, Marcelo Balaban. (Org.). Marcadores da Diferença: raça e racismo na história do Brasil. Salvador: Edufba, 2019.
ALBERTO, Paulina. Termos da Inclusão: intelectuais negros brasileiros no século XX. Campinas: Editora Unicamp, 2016.
ALMEIDA, Angélica Ferrarez de. A tradição das tias pretas na Zona Portuária: por uma questão de memória, espaço e patrimônio. Dissertação (Mestrado em História) – PUC-RJ, Rio de Janeiro. 2013;
ARCHER-STRAW, Pettrine. Negrophilia: avant garde Paris and black culture in the 1920s. London: Tames & Hudson, 2000.
CAMPOS, Walter de Oliveira. A lei Afonso Arinos e a repercussão nos jornais (1950-1952): entre a democracia racial e o racismo velado. Tese (Doutorado em História), UNESP, Assis. 2016.
CARVALHO, Bruno. Porous City: a cultural history of Rio de Janeiro. Liverpool: Liverpool University Press, 2013.
CORRÊA, Mariza. O mistério dos orixás e das bonecas: raça e gênero na antropologia brasileira. Etnográfica, v.4, nº2, p.233-265, 2000.
COSTA, Helouise. Lasar Segall e a Arte Degenerada: a exposição como campo de disputa política nas décadas de 1930 e 1940. In: A Arte Degenerada de Lasar Segall - Perseguição à Arte Moderna em Tempos de Guerra. São Paulo: Museu Lasar Segall/Museu de Arte Contemporânea da USP., 2018.
CUNHA, Maria Clementina Pereira. “Não tá sopa”: Samba e sambistas no Rio de Janeiro, de 1890 a 1930. Campinas: Editora Unicamp, 2016.
DÁVILA, Jerry. Diploma de brancura: política social e racial no Brasil 1917-1945. São Paulo: Editora UNESP, 2006.
DOMINGUES, Petrônio. A vênus negra no Brasil: Josephine Baker e a modernidade afro-atlântica. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 23, n 45, p.95-124, 2010.
FRANCISCO, Flávio Thales Ribeiro. O novo negro em perspectiva transnacional: representações afro-americanas sobre o Brasil e a França no jornal Chicago Defender (1916-1940). Tese (Doutorado em História Social) – FFLCH-USP, São Paulo. 2015.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo/Rio de Janeiro: 34/Universidade Cândido Mendes – Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.
GOMES, Flávio dos Santos. Negros e Política (1888-1937). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2005.
GOMES, Flávio dos Santos; Fagundes, Anamaria. Por uma "Anthologia dos negros modernos": Notas sobre a cultura política e memória nas primeiras décadas republicanas. Revista Universidade Rural. Série Ciências Humanas, v.29, p. 72-87, 2007.
GREET, Michelle. Looking South: Lincoln Kirstein and Latin American Art, in: Lincoln Kirstein’s Modern. New York: The Museum of Modern Art, 2019.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio. Intelectuais negros e modernidade no Brasil. Oxford: Centre for Brazilian Studies, 2004.
HERTZMAN, Marc A. Making Samba: a new history of race and music in Brazil. Durham: Duke University Press, 2013.
LOPES, Nei, SIMAS, Luis Antônio. Dicionário da história social do samba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
MAIO, Marcos Chor. Guerreiro Ramos interpela a Unesco: ciências sociais, militância e antirracismo. Cadernos CRH, v.28, p.77-90, 2015.
MENEZES NETO, Hélio Santos. Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – FFLCH-USP, São Paulo. 2018.
ROSSI, Gustavo. O intelectual Feiticeiro - Edison Carneiro e o campo de estudos das relações raciais no Brasil. Campinas: Editora Unicamp, 2015.
SILVA, Mário Augusto Medeiros da. Fazer História, Fazer Sentido: Associação Cultural do Negro (1954-1964). Lua Nova, v. 85, p.227-273, 2012.
VELLOSO, Monica. As tias baianas tomam conta do pedaço: Espaço e identidade cultural no Rio de Janeiro. Estudos Históricos, s, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 6, p.207-228, 1990.
WEINSTEIN, Barbara. The color of modernity: São Paulo and the making of race and nation in Brazil. Durham: Duke University Press, 2015.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Bruno Pinheiro