Banner Portal
O colecionismo do concretismo paulista
PDF

Palavras-chave

Concretismo paulista
Arte concreta brasileira
Arte moderna brasileira
Colecionismo de arte
Sociologia da arte

Como Citar

SANDES, Luis Fernando Silva. O colecionismo do concretismo paulista. Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas, SP, v. 4, n. 2, p. 139–158, 2023. DOI: 10.20396/rhac.v4i2.17268. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rhac/article/view/17268. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

O concretismo foi movimento vanguardista ativo, em São Paulo, principalmente de 1952 a 1959. O objetivo deste trabalho é discutir a relação do concretismo paulista com o colecionismo em diferentes períodos. Para tanto, lançou-se recurso a uma história cronológica desse tópico, que durou cerca de setenta anos, em que se distinguem diferentes status do vínculo do movimento concreto paulista com seus colecionadores institucionais ou privados. O método foi o da análise do reconhecimento artístico. Os materiais analisados são entrevistas ao autor; livros sobre coleções; acervos de museus; jornais de época; entre outros. Conclui-se que a relação entre o concretismo e o colecionismo não foi linear ou cumulativa e que seu início foi tardio, considerando-se a produção na década de 1950.

https://doi.org/10.20396/rhac.v4i2.17268
PDF

Referências

ALVES, Cauê. Debate em torno da mostra Projeto Construtivo Brasileiro da Arte. In: CYPRIANO, Fabio; OLIVEIRA, Mirtes Marins de (Orgs.). História das exposições: casos exemplares. São Paulo: Educ, 2016, p. 127.

ALVES, Edmárcia de Andrade. A representação brasileira na Bienal Internacional de Arte de Veneza: da primeira participação em 1950 ao destaque para a edição de 1964. 2019. Dissertação (Mestrado em Artes, Cultura e Linguagens) — Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Artes e Design, Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens, Juiz de Fora, 2019.

AMARAL, Aracy (Coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM; São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014 [1977].

AMARAL, Aracy. Surgimento da abstração geométrica no Brasil. In: AMARAL, Aracy (Org.). Arte construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner. São Paulo: DBA Artes Gráficas, 1998, p. 29-64.

AMARAL, Aracy. Textos do Trópico de Capricórnio: artigos e ensaios (1980-2005). São Paulo: Editora 34, 2006. v. 1.

BARROS, Regina Teixeira de. Arte construtiva na Pinacoteca. In: PITTA, Fernanda et al. Arte construtiva na Pinacoteca. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014, p. 12-25.

BELLUZZO, Ana Maria. Ruptura e arte concreta. In: AMARAL, Aracy (Coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM; São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014 [1977], p. 95-141.

BOURDIEU, Pierre. A gênese dos conceitos de habitus e de campo. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa; Rio de Janeiro: Difel; Bertrand Brasil, 1989, p. 59-73.

BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo. Malasartes. Rio de Janeiro, n. 3, abr.-jun. 1976, p. 9-13.

BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. São Paulo: Cosac & Naify, 1999.

BUENO, Guilherme. Houve um projeto construtivo brasileiro? In: ROSADO, Alessandra; FAZZOLARI, Cláudia; FRONER, Yacy-Ara (Orgs.). Arte concreta e vertentes construtivas: teoria, crítica e história da arte técnica (Jornada ABCA) – Comunicadores. Belo Horizonte: ABCA, 2018, p. 161-181.

BUENO, Maria Lucia. O mercado de arte no Brasil em meados do século XX. In: BUENO, Maria Lucia (Org.). Sociologia das artes visuais no Brasil. São Paulo: Senac São Paulo, 2012.

BUENO, Maria Lucia. O mercado de galerias e o comércio de arte moderna: São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 1950-1960. Sociedade e Estado. Brasília, v. 20, n. 2, maio-ago. 2005, p. 391.

CHIARELLI, Tadeu. Concretismo e neoconcretismo no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo: duas vertentes entre outras. In: FRONER, Yaci-Ara et al. Arte concreta e vertentes construtivas: teoria, crítica e história da arte técnica – Jornada ABCA: palestrantes. Belo Horizonte: ABCA, 2018, p. 277-284.

CYPRIANO, Fabio. Venda da coleção de Leirner gera protesto. Folha de S. Paulo. São Paulo, 21 mar. 2007.

DURAND, José Carlos. Arte, privilégio e distinção. São Paulo: Perspectiva, 2009, p. 139.

FERREIRA, Glória (Org.). Brasil: figuração x abstração no final dos anos 40. São Paulo: Instituto de Arte Contemporânea, 2013.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. A integração ao meio cultural brasileiro (1930-1940). In: GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Sérgio Milliet, crítico de arte. São Paulo: Edusp; Perspectiva, 1992, p. 55-84.

HERKENHOFF, Paulo. Bienal 1998: princípios e processos. Trópico. 22 abr. 2008. Disponível em: http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2973,4.shl. Acesso em: 13 abr. 2022.

HERKENHOFF, Paulo. Mesa 3: Arte, instituição e subjetividade: fricções. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=toI6nDUdQMo. Palestra proferida em 28 set. 2012. Acesso em: 30 mar. 2022.

KHOURI, Omar. Noigandres e Invenção: revistas porta-vozes da Poesia Concreta. FACOM. São Paulo, n. 16, 2º sem. 2006.

LEIRNER, Adolpho. Colecionar é uma busca. In: AMARAL, Aracy (Coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM; São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014 [1977], p. 9.

MANNHEIM, Karl. O problema das gerações. In: MANNHEIM, Karl. Sociologia do conhecimento. Porto: Rés, [1986], v. 2, p. 115-174.

MAURÍCIO, Jaime. Conversa com Waldemar Cordeiro. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 5 abr. 1959, Primeiro Caderno, p. 18.

MILLIET, Maria Alice. As abstrações. In: AGUILAR, Nelson (Org.). Bienal Brasil Século XX. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994.

MOURA, Flávio Rosa de. Introdução. In: MOURA, Flávio Rosa de. Obra em construção: a recepção do neoconcretismo e a invenção da arte contemporânea no Brasil. 2011. Tese (Doutorado em Sociologia) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, p. 14-15.

PICCOLI, Valéria. Cronologia 1945-1964. In: AMARAL, Aracy (Coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM; São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014 [1977], p. 277-303.

RODRIGUES, Rita Lages. Coleções brasileiras de arte concreta: diversidade, formação e materialidade. In: FRONER, Yaci-Ara et al. Arte concreta e vertentes construtivas: teoria, crítica e história da arte técnica – Jornada ABCA: palestrantes. Belo Horizonte: ABCA, 2018, p. 253-276.

ROJZMAN, Nuria Peist. El proceso de consagración en el arte moderno: trayectorias artísticas y círculos de reconocimiento. Matèria: Revista Internacional d’Art. Barcelona, n. 5, 2005, p. 17-43.

SANDES, L. F. S.. Concretismo paulista na década de 1950: uma biografia coletiva de quinze artistas e poetas. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL ARTE CONCRETA E VERTENTES CONSTRUTIVAS: Teoria, Crítica e História da Arte Técnica - Jornada ABCA, 2018c, Belo Horizonte. Arte concreta e vertentes construtivas: teoria, crítica e história da arte técnica (Jornada ABCA) - Comunicadores. Belo Horizonte: Editora ABCA, 2018c, p. 202-214.

SANDES, L. F. S.. Concretismo paulista: permanências de uma vanguarda dos anos 1950. In: SEMINÁRIO ESTÉTICA E CRÍTICA DE ARTE, 3, 2017d. São Paulo. Anais... São Paulo: FFLCH-USP, 2017d, p. 389-399.

SANDES, L. F. S.. Concretismo paulista: uma tentativa de a arte ir além da arte? In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE, 11, 2018d, São Paulo. Anais do XI Congresso... São Paulo: Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História de Arte (PGEHA), 2018d.

SANDES, L. F. S.. Concretismo: um balanço entre literatura existente e novas entrevistas. In: ENCONTRO DE PESQUISAS EM HISTÓRIA DA ARTE, 2, 2017c, Guarulhos. Caderno de Resumos: II Encontro..., 2017c, v. 1.

SANDES, L. F. S.. Entrevista com o artista teuto-brasileiro Almir Mavignier sobre o concretismo brasileiro. ARTis ON, v. 5, 2017b, p. 262-268

SANDES, L. F. S.. Entrevista com o colecionador de arte Adolpho Leirner. Brasiliana: Journal for Brazilian Studies. Londres, v. 6, n. 1, dec. 2017a.

SANDES, L. F. S.. The role of migration of ideas, practices and people in the coming of Concrete Art in Sao Paulo. In: CIHA World Congress, 35, 2022, São Paulo. Paper abstracts. São Paulo: CIHA, 2022, p. 85.

SANDES, L. F. S.. Uma conversa com Gullar sobre concretismo e poesia brasileira. Caiana: Revista de Historia del Arte y Cultura Visual del Centro Argentino de Investigadores de Arte (CAIA). Buenos Aires, n. 13, jul.-dez. 2018b, p. 86-95.

SANDES, Luis. A formação artística dos poetas do concretismo paulista. In: JORNADA INTERNACIONAL DE POESIA VISUAL, 1, 2021b, São Paulo. Caderno de resumos: comunicações. São Paulo: 2021b.

SANDES, Luis. Geração concretista em São Paulo: uma biografia coletiva. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018a.

SANDES, Luis. Pós-concretismo, o concretismo paulista depois de 1960. In: Encontro de História da Arte, 13, 2018e, Campinas. Atas do XIII Encontro... Campinas: Unicamp/IFCH, 2018e, v. 1, p. 592-596.

SANDES, Luis. Uma análise da formação artística dos concretistas paulistas pelo método da biografia coletiva. Art&Sensorium, Curitiba, v. 8, p. 138-152, 2021a.

SCHENBERG, Mário. Na hora de se fazer a avaliação. In: FERREIRA, Gloria. Crítica de arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte, 2006 [1977].

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Modernismo brasileiro: entre a consagração e a contestação. Perspective, Paris, n. 3, 2013, p. 1-17.

SPINELLI, João. J. Diálogo concreto. Kazmer Fejer e Lothar Charoux: virtualidades ópticas. Galeria Berenice Arvani: 2020.

WALDEMAR Cordeiro Manifesto ruptura. MFAH, The Museum of Fine Arts, Houston. Disponível em: https://emuseum.mfah.org/objects/60078/manifesto-ruptura?ctx=45d3ba898abb7da7f4883cec26d811d1686150cd&idx=1. Acesso em: 8 abr. 2022.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Luis F. S. Sandes

Downloads

Não há dados estatísticos.