Resumo
A partir do tríptico de autoria do artista flamengo Jan van Dornicke recebido pelo MASP (Museu de Arte de São Paulo), este artigo tem como objeto estabelecer a relação entre a pintura e o mercado de luxo na Antuérpia do século XVI. Depois de uma análise do trabalho de artistas antuerpienses, a pesquisa enfoca o contexto histórico de Flandres no século XVI com abordagens iconográficas e sociológicas e uma reflexão teórica. Na época analisada, as criações artísticas obedeciam às demandas culturais, sociais e políticas da burguesia. As artes decorativas da época pré-moderna já seguiam as regras da industrialização (pós-)moderna. Os artistas produziam para pessoas de outras regiões, num momento em que crescia a demanda por artigos de luxo, que eles criavam para clientes especiais de classes média e média-baixa. A Antuérpia foi um grande centro da pintura e da gravura além de um centro comercial e financeiro, funcionando sobretudo por causa dos imigrantes, e como mediadora cultural entre norte e sul da Europa. Além disso, a arte, já no século XVI, foi uma parte integrante dos primeiros conflitos causados pela globalização na época pré-moderna.
Referências
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