Banner Portal
Margarina, modernidade e arqueologia (1940-1970)
PDF

Palavras-chave

Arqueologia
São Paulo
Margarina
Fábrica
Matarazzo

Como Citar

SOUZA, Rafael de Abreu e. Margarina, modernidade e arqueologia (1940-1970). Revista de História da Arte e da Cultura, Campinas, SP, n. 20, p. 5–37, 2021. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rhac/article/view/15215. Acesso em: 4 maio. 2024.

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar os passos que caracterizam uma pesquisa em Arqueologia Urbana que resultou nas escavações de uma pequena fração do antigo complexo fabril do grupo Matarazzo no bairro da Água Branca, em São Paulo.
Deparou-se com estruturas muito bem preservadas abaixo de um antigo estacionamento, e que incidiram sobre a produção de uma das primeiras fábricas de margarina do país, produzida entre as décadas de 1940 e 1970. Em meio ao boom de indústrias na cidade, as fábricas de produtos “gordurosos” e “óleo vegetal” faziam parte dos projetos de modernidade que tinham na alimentação, na produção de bens industrializados e na injeção de novos hábitos de consumo, mecanismos de implantação de planos elitistas.

PDF

Referências

ARCHER, Steven N.; BARTOY, Kevin. M. “Introduction: considering methods and methodology in historical archaeology”. In: ARCHER, Steven N.; BARTOY, Kevin M. (Org.) Between dirt and discussion: methods, methodology and interpretation in Historical Archaeology. California: Springer, 2006, pp. 1-9. 41.

BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, C. (Org.) Cultural, consumo e identidade. São Paulo: FGV, 2006, pp. 91-106.

BERTONHA, João Fábio. Conde Francesco Matarazzo e o ser italiano no Brasil: o enfoque biográfico na pesquisa sobre a colonização italiana em São Paulo. Revista eletrônica de História do Brasil. Juiz de Fora, v. 4, n. 1, 2000, p. 16. 8

COUTO, Ronaldo Costa. Matarazzo: a travessia, v.1. São Paulo: Planeta do Brasil, 2004.

DE DECCA, Edgard. 1930: O silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 128.

DEAN, Warren. A industrialização em São Paulo, 1880-1945. São Paulo: Edusp, 1971.

DeBLASIS, Paulo et. al. “Eventos incrementais na construção de sambaquis, sudeste do Estado de Santa Catarina”. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, n. 10, 2000, pp. 69-87.

e literatura em São Paulo, 1920-1930. (Tese de livre-docência) FFLCH/USP, São Paulo, 2002.

EMURB/WALM. Relatório de Impacto Ambiental. Operação Urbana Consorciada Água Branca. São Paulo: s/e, 2009, pp. 347-348.

ÉRNICA, Maurício. “Uma metrópole multicultural na terra paulista”. In: SETÚBAL, M. A. (Org.) Terra Paulista, v. 2. São Paulo: Cenpec, 2004, p. 168.

FIGUEIREDO, José (Org.). Guia técnico. Sector dos óleos vegetais e derivados e equiparado. Lisboa: INETI, 2001.

FISHER, Tom. “Plásticos: a cultura através das atitudes em relação aos materiais artificiais”. In:

GEOPORTAL. Aerofotogrametria da cidade de São Paulo, 1958. Disponível em: www.geoportal.com.br. Acessado em 07 Nov. 2012.

GIBB, J. G.; BERSNTEIN, D. J.; CASSEDY, D. F. Making cheese: archaeology of a 19th century rural industry. Historical Archaeolog y, v. 24, n. 1, 1990, pp. 18-33.

HEICK, Welf. A propensity to protect: butter, margarine and the rise of urban culture in Canada. Ontario: Wilfrid Laurier University Press, 1991.

HIGGINBOTHAM, Edward. “Excavation techniques in Historical Archaeo logy”. Australian Historical Archaeolog y, v. 3, 1985, pp. 8-14.

INGOLD, Tim. “Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais”. Horizontes antropológicos. Porto Alegre, v. 18, n. 37, 2012, pp. 25-44.

JORGE, Janis. Tietê, o rio que a cidade perdeu: o Tietê em São Paulo (1880-1940). São Paulo: Alameda, 2006.

KÜHL, Beatriz. “Patrimônio industrial: algumas questões em aberto”. USJT — Arq. Urb. São Paulo, n. 3, 2010, p. 24.

KUZNIR, Mauro. “Urbanismo sem Calçada”. In: GITAHY, Maria Lúcia; LIRA, José. Cidade: Impasses e Perspectivas. São Paulo: Annablume, 2007, p. 108.

LIMA, Tania Andrade. Humores e odores: ordem corporal e ordem social no Rio de Janeiro, século XIX. Manguinhos – Histórica, Ciência, Saúde, v. II, n. 3, 1995/1996, pp. 44-94.

MARANHÃO, Ricardo. (Org.) Um retrato no jornal – a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1994, p. 63.

MENESES, Ulpiano. “Patrimônio Industrial e Política Cultural”. Anais do 1º Seminário Nacional de História e Energia, São Paulo, v. 2, 1988, pp. 68-73.

MILLER, Ian. “Steam-powered cotton-spinning mills in Ancoats, Manchester”. In: JONES, David M. (Org.) Science for Historic Industries. Guidelines for investigation of 17th – 19th century industries. Swindon: English Heritage, 2006, pp. 10-11.

ODELL, George H. “Bewitched by mechanical site-testing devices”. American Antiquity, v. 57, n. 4, 1992, pp. 692-703.

ORSER Jr., Charles. “A teoria de rede e a arqueologia histórica moderna”. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo, Suplemento 3, 1999.

PASSOS, Maria; EMÍDIO, Teresa. Desenhando São Paulo. São Paulo: Senac, 2009, pp. 48-49.

PETCH, D. F. “Earth moving machines and their employment on archaeological excavations”. Journal of Chester Archaeological Society, v. 55, 1968, pp. 15-28.

PINTO, Maria Inês. Encantos e dissonâncias da modernidade: urbanização, cinema

RIBEIRO, Maria Alice. “Fábrica e Cidade”. Revista Trabalhadores. Campinas, n. 4, 1989, p. 9.

RODRIGUES, Jaime. “Vida material dos trabalhadores: cotidiano, políticas públicas e cidadãos na São Paulo de meados do século XX”. Anais do XIX Encontro Regional de História: Poder, Violência e Exclusão. São Paulo: ANPUH/SP – USP, 2008. CD-ROM.

RODRIGUES, Marly. “Patrimônio industrial, entre o fetiche e a memória”. USJT — Arq. Urb. São Paulo, n. 3, 2010, pp. 31-41.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Edusp, 2002. 38 MENEGUELLO, Cristina. “Patrimônio industrial como tema de pesquisa”. Anais do 1º Seminário Internacional História do Tempo Presente. Florianópolis: Udesc, ANPUH-SC, PPGH, 2011, p. 1831.

SOUZA, Rafael de A. Louça branca para a Paulicéia. São Paulo: Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia/USP, Suplemento 14, 2012.

SPENNEMANN, Dirk. “Of wheels and trucks: experiences with heavy excavating equipment”. Australian Archaeology, n. 29, 1986, pp. 69-73.

SPENNEMANN, Dirk. Op. cit. 42 MCMANAMONN, Francis; WENDORF, Fred. “Dam Good Archeology – We’re Glad It Got Done! The Historical Importance of Reservoir Archeology”.

THIESEN, Beatriz. “Arqueologia industrial ou arqueologia da industrialização? Mais que uma questão de abrangência”. Patrimônio – Revista Eletrônica do Iphan, n. 4, 2006. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acessado em 07 Nov. 2012.

VAN HORN, David M. et al. S. “Some techniques for mechanical excavation in salvage archaeology”. Journal of Field Archaeology, v. 13, n. 2, 1986, pp. 239-244.

VICHNEWSKI, Henrique Telles. Indústrias Matarazzo em Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: Fundação Instituto do Livro de Ribeirão Preto, 2010.

WIRTH, Louis. “O urbanismo como modo de vida”. In: VELHO, Otávio G. (Org.) O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1979, pp. 97-112.

ZANETTINI ARQUEOLOGIA. Programa de Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico. Terreno situado na avenida. Francisco Matarazzo, 1.310, Água Branca, Município de São Paulo, Estado de São Paulo. Relatório Final. São Paulo, Zanettini Arqueologia, 2012.

ZANETTINI ARQUEOLOGIA. Programa de Resgate e Monitoramento Arqueológico Sítio Casa Bandeirista do Itaim Bibi. São Paulo: s/e, 2012a.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Revista de História da Arte e da Cultura

Downloads

Não há dados estatísticos.