Resumo
Preocupado com seu futuro, o governo da Monarquia de Julho (1830-48) inventa uma espécie de romance nacional em pinturas, particularmente em Versalhes. Ele espera disso uma legitimação indireta. No episódio das Cruzadas (séculos XII e XIII), reavaliado e cantado pelo Romantismo, Delacroix recebe uma encomenda: a Entrada dos Cruzados em Constantinopla (1204), entregue em 1840. Analisamos aqui como, a partir de uma episódio pouco glorioso (na verdade uma pilhagem), ele desenvolve, através da sua poética plástica e cromática, todas as contradições sombrias e gritantes.
Referências
BAUDELAIRE, Charles. Œuvres complètes. Paris: Bibliothèque de la Pléiade, 1976, v. 2.
CHATEAUBRIAND, François René de. Essai sur les révolutions - Le génie du christianisme. Paris: Bibliothèque de la Pléiade, 1978.
MICHAUD, Joseph François. Histoire des croisades (1808-1839). Édition abrégée et présentée par Robert Delort. Club français du Livre, 1970.
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