Resumo
Instalado no Vaticano entre 1771 e 1793, o Museu Pio Clementino sempre foi considerado um modelo, tanto na escolha como na exibição das esculturas. Este trabalho analisa as estratégias de exibição do museu, com a intenção de renovar o debate sobre as opções de arquitetura feitas por Michelangelo Simonetti no Vestibolo Rotondo e na Galeria das Estátuas. Aliás, impressões feitas no final do século XVII dessas salas provam que os modelos arquitetônicos que Simonetti e seus patronos ilustres tinham em mente eram herança da antiga Roma dos séculos XVII e XVIII. Ao decifrarmos as estratégias de exibição dos mármores nessas duas salas, compreendemos melhor como e por que a percepção da arte mudou tão radicalmente entre o início e o fim do século. Entre o estudo da tradição visual e da história do gosto, este artigo é o primeiro passo de uma pesquisa maior, que pretende reescrever alguns capítulos da historiografia artística pelo estudo da exposição e da percepção visual, em vez do estudo de textos.
Referências
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