Resumen
Este artículo forma parte de una investigación en curso del programa Eicos - Psicosociología de las Comunidades y Ecología Social de la UFRJ, integrado al grupo Psyccon (Procesos Comunicativos Psicosociales de Consumo y Comunicación), y propone la idea de que las diseminaciones de la sociedad y la cultura de consumo pueden configurarse como significativos mecanismos contemporáneos de colonización de diferentes poblaciones indígenas, no sólo por la invasión y explotación de sectores productivos en sus territorios, sino también por la no-política, dirigida al consumo, asociada a las propias ofertas de productos industrializados, capaz de producir transformaciones en sus formas de vida, subjetividades, relaciones sociales, rituales cotidianos y paisajes. Explorando la fricción entre culturas, mundos y cosmovisiones distintas, la narrativa sigue las huellas impresas por el consumo a través de un abordaje centrado en la acción, agencia y mediación ejercidas por el arte indígena contemporáneo. El escenario del artículo abarca cuestiones sobre el Antropoceno, una era actual de catástrofes medioambientales y sanitarias, y también aborda la obliteración sistemática de los conocimientos y prácticas de las poblaciones indígenas. Sin embargo, encuentra signos de resistencia a esta invasión subjetiva e incluso territorial en la creación de universos singulares, que se inscriben en las artes, en la espiritualidad y en manifestaciones políticas cada vez más frecuentes y potentes.
Citas
ASSUMPÇÃO, Ombela. ReAntropofagia: Denilson Baniwa. Desvio, 2019. Disponível em: https://revistadesvioblog.wordpress.com/. Acesso em: 13 abr. 2020.
BARBOSA, Lívia. Sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins, 2009.
DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há um mundo por vir? ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie / Instituto Socioambiental, 2014.
DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 1998.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
DELEUZE, Gilles. Espinoza: Filosofia Prática. São Paulo: Escuta, 2002.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, (Coleção Trans), 2010.
ESBELL, Jaider. Índios: identidades, artes, mídias e conjunturas. Revista em Tese, v.22, n. 2, p. 11-19, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/view/11778/10083. Acesso em: 03 out. 2020.
ESBELL, Jaider. A arte indígena contemporânea como armadilha para armadilhas. Página do artista, 2020. Disponível em: http://www.jaideresbell.com.br/site/2020/07/09/a-arte-indigena-contemporanea-como armadilha-para-armadilhas/. Acesso em: 03 set. 2020.
GELL, Alfred. Arte e Agência: Uma teoria Antropológica. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Coimbra: Revista Crítica de Ciências Sociais, 2008. Disponível em: http://journals.openedition.org/rccs/697. Acesso em: 23 ago. 2020.
GUAJAJARA, Erisvan. Povos indígenas em diálogo: etnocomunicação como ferramenta de luta contra a agenda anti-indígena. [Entrevista concedida a] Samela Sateré. Instituto Sócio Ambiental – ISA. São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.facebook.com/watch/live/?v=2953824134877440. Acesso em: 25 mar. 2022.
MUNDURUKU, Daniel; TERENA, Naíne Terena. A gente somos: reantropofagizando o Brasil. Mekukradjá: círculo de saberes. Itaú Cultural, 2022 Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/mekukradja-fala-de-modernismo-exclusao-arte-e-ancestralidade Acesso em: 18 fev. 2022.
HELGUERA, Pablo. Pedagogia no campo expandido. In: HELGUERA, Pablo; HOFF, Mônica (org). Pedagogia no campo expandido. Porto Alegre: Fundação 93 Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2011.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
KORFMANN, Michael. Kant: autonomia ou estética compromissada? Pandaemonium Germanicum, n. 8, p. 23-38, 2004. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/67108. Acesso em: 20 abr. 2019.
KRENAK, Aílton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LAZZARATO, Maurizio. A política no império: as revoluções do capitalismo. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
OITICICA FILHO, César. Encontros: Mário Pedrosa. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2013.
PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2005.
Sem autor. Exposição Victor Brecheret (1894-1955). Rio de Janeiro: Pinakotheke Cultural Revista Museu, 2018. Disponível em: https://www.revistamuseu.com.br/site/br/galeria/4694-exposicao-victor-brecheret-1894-1955-pinakotheke-cultural-rj.html. Acesso em: 11 jul. 2020.
ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina Editora - UFRGS, 2011.
ROSA, Sallisa. Horta de mandioca: um caminho artístico ancestral. Canal Contemporâneo, 14 jul. 2019. Disponível em: http://www.canalcontemporaneo.art.br/arteemcirculacao/archives/009243.html. Acesso em: 28 out. 2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SOUZA SANTOS, Boaventura; MENESES, Maria Paula (org). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.
SZTUTMAN, Renato. Encontros: Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Azougue, 2007.
TAVARES, Frederico. Ecopoder, capitalismo rizomático e a noopolítica do consumo. Conselho Regional de Administração – CRA RJ, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=W9WDgJ7X568. Acesso em: 10 dez. 2020.
TSING, Anna L. Friction: an ethnography of global connection. New Jersey: Princeton University Press, 2005.
VARGAS, Rosa C. R; TAVARES, Frederico. Mídia e consumo: subjetividade como mercadoria. Curitiba: Appris, 2018.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectivismo e multinaturalismo na América Indígena. Rio de Janeiro: O Que Nos Faz Pensar, 2004. Disponível em: https://oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/oqnfp/article/view/197/196. Acesso em:25 abr. 2021.
WAGNER, Roy. O apache era o meu reverso. [Entrevista concedida a] FERRARI, Florência; et al. Revista de Antropologia, v. 54, n. 2, p. 955-978, 2011. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/002348540. Acesso em: 20 ago. 2019.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2023 Patrícia Magalhães Bevilaqua, Frederico Tavares Junior