Resumo
A mestra e o mestre são entidades espirituais centrais na Jurema nordestina. A prática religiosa da Jurema compõe um complexo de concepções e representações em torno da planta que recebe esse nome e se fundamenta no culto à incorporação das entidades mestres e caboclos. Seu objetivo é curar os doentes e resolver os problemas práticos da vida cotidiana, como os infortúnios amorosos e profissionais. Esse complexo caracteriza-se, ainda, pela ingestão de uma bebida preparada com a casca da árvore, cuja finalidade é propiciar visões e sonhos, e pelo uso intensivo do fumo, utilizado na defumação feita com a fumaça dos cachimbos (Assunção, 2006).
Referências
ASSUNÇÃO, Luiz. O reino dos mestres: a tradição da Jurema na Umbanda nordestina. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.
ASSUNÇÃO, Luiz. A tradição do Acais na Jurema natalense: memória, identidade, política. Revista Pós Ciências Sociais. São Luís, v. 11, n. 21, p. 143-165, jun 2014.
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QUEIROZ, Marcos. Em casa de catiço: etnografia dos exus na Jurema. Natal: EDUFRN, 2013.
ROSA, Laila A. C. As juremeiras da nação Xambá (Olinda, PE): Música, performance, representações do feminino e relações de gênero na jurema sagrada. 2009. Tese (Doutorado em Música) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
SCHECHNER, Richard. Performance e antropologia de Richard Schechner. Seleção de ensaios organizada por Zeca Ligiéro. Rio de Janeiro: Mauad, 2012.
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