O design e o desempenho (diferencial) do capitalismo
Na imagem, há seis caixas de papelão com desenhos no fundo, dispostas em duas fileiras. Na fileira superior, a primeira caixa apresenta o desenho de uma árvore sem folhas, a segunda caixa apresenta uma tartaruga e a terceira caixa apresenta uma cadeira de rodinhas estofada. Na fileira inferior, a primeira caixa apresenta uma penteadeira com espelho de cabeça para baixo e as duas últimas caixas juntas formam o desenho de uma mesa de ponta cabeça. No canto superior direito, há o nome da revista e abaixo dele, a indicação de "10 anos". Na parte inferior, estão as informações sobre o volume e número da revista, bem como o ISSN.
PDF

Palavras-chave

Design
Capitalismo
Desempenho
Desvio
Projeto

Como Citar

MALHÃO, Rafael. O design e o desempenho (diferencial) do capitalismo. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p. 138–165, 2019. DOI: 10.20396/proa.v9i2.17563. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/17563. Acesso em: 2 maio. 2024.

Resumo

O presente artigo propõe-se a pensar como as práticas de design proporcionam possibilidades para capturar os diferentes desempenhos do capitalismo. Inicio relembrando o processo de concretização do design contemporâneo, que teve sua gênese na Revolução Industrial. Esta seção busca articular os contrastes da formação histórica do design como disciplina e minha pesquisa de campo, que consistiu no esforço de um sociólogo em transformar-se em aluno em uma disciplina de projeto de tecnologias assistivas em um curso de graduação em design. Em seguida a tarefa será desdobrar como o pensamento projetual excede a dimensão mercadológica, ao compor o mundo por meio da conexão entre diversos materiais e pessoas.

https://doi.org/10.20396/proa.v9i2.17563
PDF

Referências

ABBING, Erik Roscam. Design the new business. Netherlands, 2011.

AKRICH, Madeleine. The De-Scription of Technical Objects. In: BIJKER, Wiebe E. & LAW, John. Shap-ing technology/building society: studies in sociotechni-cal change. Massachusetts: The MIT Press, 1992.

BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva.Centro Especializado em Desenvolvimento In-fantil [CEDI]. pp. 1-19, 2008.

BONSIEPE, Gui. A tecnologia da tecnologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1983.CARDOSO, Rafael. Uma Introdução a História do Design. São Paulo: Editora Edgar Blücher, 2004.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: Artes de fazer Vol 1. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

CRIADO, Tómas Sánchez. ¿Una vida fuera de catálogo? La transformación colaborativa del mercado de ayudas técnicas. Disponível em: http://tscriado.org/2014/06/20/una-vida-fuera-de-catalogo-la--transformacion-colaborativa-del-mercado-de--ayudas-tecnicas/. Acesso em: 15 mar. 2018.

DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2010.

FORTY, Adrian. Objetos de desejo: design desde 1750. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

INGOLD, Tim. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação. Porto Alegre, v. 33, n. 1, pp. 6-25, 2010.

INGOLD, Tim. The Perception of the User–Producer. In: GUNN, Wendy; DONAVAN, Jared (Ed). Design and Anthropology.Inglaterra: Ashgate Publishing Limited, 2012.

LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: Transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até a nossa época. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

LATOUR, Bruno. La tecnologia es la sociedade hecha para que dure. In: DOMÈNECH, Miquel & TIRADO, Francisco Javier. Sociologia Simétrica: ensayos sobre ciencia, tecnologia y sociedad. Barcelona: Editorial Gedisa, 1998.

LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das letras, 2015.

MASSUMI, Brian. O capital (se) move. São Paulo: N-1 Edições, 2016.

MATIAS, Iraldo Alberto Alves. Projeto e revolução: do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2014.

OROZA, Ernesto. Catálogo da exposição Desobediência Tecnológica. Recife, 2015. Disponível em: http://museo.com.br/catalogodesobediencia-tecnologica.pdf. Acesso em: 15 mar. 2018.

PAPANEK, Victor. Arquitetura e Design:ecologia e ética. Lisboa: Edições 70, 1995.

PAPANEK, Victor. Design for the real world: Human ecology and social change. London: Thames & Hudson, 2006.

PIGNARRE, Philippe & STENGERS, Isabelle. La sorcellerie capitaliste: pratiques de désenvoûte-ment. Paris: Éditions La Découverte, 2005.

PIGNARRE, Philippe & STENGERS, Isabelle. Capitalist Sorcery: breaking the spell. London: Pal-grave Macmillan, 2011.

SAHLINS, Marshall. Stone Age Economics. Chicago: Atherton, Inc, 1972.

SCHNEIDER, Beat. Design – uma introdução: o design no contexto social, cultural e econômico. São Paulo: Editora Blücher, 2010.

SIMONDON, Gilbert. El modo de existencia de los objetos técnicos. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2007.

SIMONDON, Gilbert. Sur la technique (1953-1983). Paris: Presses Universitaires de France, 2014.

SLADE, Gilles. Made to break: technology and obsolescence in America. Cambridge: Harvard University Press, 2006.

TARDE, Gabriel. Monadologia e sociologia e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Rafael da Silva Malhão

Downloads

Não há dados estatísticos.