A incorporação como arte
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Palavras-chave

Antropologia da arte
Ritual
Agência
Comensalidade
Performance

Como Citar

CAMPOS, Ana Paula de Souza. A incorporação como arte: uma análise das festas de exu em terreiros de umbanda na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 8, n. 1, p. 8–31, 2018. DOI: 10.20396/proa.v8i1.16991. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/16991. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Neste trabalho me proponho analisar as festas de exu em terreiros de umbanda na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro tendo como foco a relação que se dá entre pessoas e coisas nestes momentos rituais. Com efeito, esta relação ocorre segundo uma relação de troca onde presentes são ofertados aos exus por sua clientela em troca de pedidos de trabalhos. Nas festas a exu circulam pessoas, entidades e visitantes; presentes e pedidos; segundo uma relação de troca, através de uma rede de intencionalidades complexas que faz com que tais intencionalidades sejam objetificadas, por meio dos objetos trocados e das performances que circulam nas festas em celebração aos exus. O enfoque se dará no fenômeno da incorporação, entendendo-a como arte, bem como os objetos que são utilizados para a construção da performance ritual das entidades nas festas, discutindo, assim, a agência dos objetos e das pessoas nesse contexto social em específico.

https://doi.org/10.20396/proa.v8i1.16991
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