Resumo
O ensaio parte de dois feixes analíticos, um mais geral e circunscrito ao saber antropológico, sob o diálogo entre arte e antropologia, calcado através da trajetória de Mário de Andrade e os seus efeitos, os diálogos, ações e práticas que verberaram nas gerações sucessoras de antropólogas e antropólogos. O segundo enquadramento localiza as trajetórias de antropólogas, atrizes/atores, pesquisadores e docentes que se vincularam à Unicamp nos anos de 1970 e 1980, através das contribuições da relação entre arte e antropologia para o saber antropológico. Nesse sentido o ensaio e a exposição, realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos de criação do Programação de Pós-Graduação em Antropologia Social, se voltam para o momento que em que as coisas e as ideias ganham sentido, através de uma imaginação cultural.
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