Blasfêmia e arte contemporânea: uma questão de método
PDF

Como Citar

MIKLOS, Aline. Blasfêmia e arte contemporânea: uma questão de método. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 4, 2012. DOI: 10.20396/proa.v4i.16473. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/16473. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Apesar de o século XX ter sido marcado por um longo processo de laicização do mundo ocidental e de a arte ter se afastado cada vez mais das questões religiosas, o que já vinha acontecendo desde o século XVIII, diversos artistas não deixaram de se preocupar com o tema religioso. Graças às liberdades adquiridas, eles procuraram ver o cristianismo de uma outra forma: ora criticando-o, ora defendendo um cristianismo primitivo, ora burlando dele etc. Por isso, vários desses artistas foram acusados de blasfemos, levados à justiça, e muitos deles perderam a causa. Enquanto outros, tão críticos como os primeiros, passaram despercebidos. Agora, em uma sociedade laica, o que faz uma obra ser considerada blasfema? O que seria a blasfêmia nas artes visuais? Como estudá-la? Tentaremos responder essas questões a partir da análise de métodos já existentes para o estudo da blasfêmia. Nosso objetivo será apontar novas alternativas para esse estudo, a partir da ampliação dos tipos de documentos que serão analisados e da discussão desses métodos.
https://doi.org/10.20396/proa.v4i.16473
PDF

Referências

Andrade, Farnese. Objetos (Catálogo). São Paulo: Cosac Naify, 2005.

Bader, Veit. Secularism, public reason of moderately agonistic democracy?. In: Levey, Geoffrey

Brahm; Modood, Tariq. Secularism, Religion and Multicultural Citizenship. Cambridge:

Cambridge University Press, 2009.

Bakhtin, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François

Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1999.

Bataille, Georges. El erotismo. Buenos Aires: Tusquets, 2009.

Benjamin, Walter. Paralipomènes à L’oeuvre de l’art à l’époque de la reproduction mécanisée. Paris:

Gallimard, 1991.

Benveniste, Émile. La blasphémie et l’euphémie. Revue Diogène, Paris, 1952.

Biles, Jeremy. The Scandal of the Cross: Catholic Vandals Deface Controversial Art work

in “Secular” France. Religion Dispatches, 22 April 2011. Disponível em:

religiondispatches.org/archive/atheologies/4528/the_scandal_of_the_cross>. Acesso em:

set. 2011.

Boulègue, Jean. Le blasphème en procès, 1984-2009. Paris: Nova, 2010.

Cabantous, Alain. Histoire du blasphème en Occident, fin XVIe-milieu XIXe siècle. Paris: Albin

Michel, 1998.

Camus, Albert. La Chute. Paris: Gallimard, 1972.

Cheyronnaud, Jacques ; Lenclud, Gérard. Le blasphème. D’un mot. Ethnologie française, 3,

Paroles d’outrages, juil.-sept. 1992, p. 261-270.

Coromines, Joan; Pascual, José Antonio. Diccionario crítico etimológico castellano e hispánico.

Madrid: Gredos, 1991

Dartevelle, Patrice; Denis, Philipe; Robyn, Johannes. Blasphèmes et libertés. Paris: Cerf, 1993.

Ducornet, Guy. Surréalisme et athéisme. Paris: Gingko, 2007.

Eagleton, Terry. O debate sobre Deus, razão, fé e revolução. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

Eco, Umberto. Obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 1968.

Favret-Saada, Jeanne. Rushdie et compagnie, préalable à une anthropologie du blasphème.

Ethnologie française, 3, Paroles d’outrages, juil.-sept. 1992.

Foster, Hal et al. Arte desde 1900, modernidad, antimodernidad, posmodernidad. Madrid: Akal,

Foucault, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

Giunta, Andrea (org.). León Ferrari. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

Julius, Anthony. Transgressions, the offences of art. London: Thames&Hudson, 2002.

Koselleck, Reinhart. Champ d’expérience et horizon d’attente. In: ______. Le futur passé:

contribution à la sémantique des temps historiques. Paris: EHESS, 1990, p. 307-330.

Mark, Alizart (org.). Traces du Sacré. Catálogo. Paris: Centre Pompidou, 2008.

Michaud, Éric. Histoire de l’art, une discipline à ses frontières. Paris: Hazan, 2005.

Miklos, Aline M. S. A autonomia da arte política. In: VI Congreso Internacional de Teoría

e Historia de las Artes, 2011, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires: CAIA, 2011.

Nash, David. Blasphemy in the christian world. New York: Oxford University Press, 2007.

Plate, S. Brend. Blasphemy: art that offends. London: Black Dog, 2006.

Rancière, Jacques. Les paradoxes de l’art politique. In: ______. Le spectateur émancipé. Paris: La

fabrique, 2008.

______. Le partage du sensible. Paris: La fabrique, 2000.

Talon-Hugon, Carole. Morales de l’art. Paris: PUF, 2009.

Williams, Raymond. Politics and letters, interviews with New Left Review. London: Verso, 1979.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2016 PROA - Revista de Antropologia e Arte

Downloads

Não há dados estatísticos.