Resumo
Neste artigo indico como os índios foram representados em A Muralha, na versão televisiva de Maria Adelaide Amaral e no romance original de Dinah Silveira de Queiroz, para então fazer uma comparação com interpretações e estudos recentes sobre o tema, feitos por cientistas sociais. As culturas indígenas não foram abordadas na minissérie, os bandeirantes sobressaíram como os desbravadores do sertão, os heróis da narrativa televisiva, que tornaram possível, pela submissão dos indígenas, a vida no Brasil das origens.Referências
Alves, Dário Moreira de Castro. Dinah, Caríssima Dinah. São Paulo: Horizonte, 1989.
Borelli, Sílvia Helena Simões. Os Kaingang no Estado de São Paulo: constantes históricas
e violência deliberada. In: ______. (org.). Índios no Estado de São Paulo: resistência e
transfiguração. São Paulo: Yankatu, 1984.
Cunha, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. São Paulo: Ática, 1998 (ed. crítica organizada
por Valnice Nogueira Galvão).
Damatta, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.
Dicionário da TV Globo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
Fanini. Michele Asmar. Fardos e fardões: mulheres na Academia Brasileira de Letras (1897-
. 2009. 387 p. Tese (Doutorado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Freyre, Gilberto. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia
patriarcal. São Paulo: Global, 2007.
Frias, Ana Cristina et al. Entrevista de Maria Adelaide Amaral. Memória Globo, 9 fev.
Disponível em: <http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,G
YE0-5268-252203,00.html>. Acesso em: 25 jan. 2011.
Ibope. Disponível em: <http://www.almanaqueibope.com.br/asp/busca_tabela.asp>. Acesso
em: 23 jan. 2011.
Kornis, Mônica Almeida. Uma memória da história recente: as minisséries da Rede Globo.
In: XXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2001, Campo Grande
(MS). Anais..., 2001.
Mellão, Gabriela. A Muralha - Produção retrata período pouco explorado pela indústria do
entretenimento. IstoÉ Gente, Rio de Janeiro, 17 jan. 2000. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoegente/24/diversaoearte/tv_muralha.htm>.
Acesso em: 23 jan. 2011.
Monteiro, John Manuel. Vida e morte do índio: São Paulo colonial. In: Borelli, Sílvia (org.).
Índios no Estado de São Paulo: resistência e transfiguração. São Paulo: Yankatu, 1984.
______ . Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia
das Letras, 1994.
Queiroz, Dinah Silveira de. A Muralha. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Queiroz, Maria Isaura Pereira de. Mandonismo local na vida política brasileira. São Paulo: Instituto
de Estudos Brasileiros, 1970.
______ . Identidade cultural, identidade nacional no Brasil. Revista Tempo Social, São Paulo:
Edusp, 1(1), 1º sem. 1989.
Raízes do Brasil. Revista Quem, Rio de Janeiro, ed. 336, 14 fev. 2007. Disponível em:
<http://revistaquem.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/1,3916,1451870-2456-1,00.html>. Acesso em: 25 jan. 2011.
Raus, Maria Angela. O processo de produção de minisséries históricas: o passado romantizado. 2006.
Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
Ricupero, Bernardo. O romantismo e a idéia de nação (de 1830 a 1870). São Paulo: Martins Fontes,
Schwarcz, Lilia Moritz. Espetáculo das raças. Revista de Estudos Avançados, 8 (20), 1994.
______ . A construção de uma identidade paulista: uma análise do papel desempenhado pelo
Museu Paulista e pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em fins do século XIX.
In: Bueno, Eduardo (org.). Os nascimentos de São Paulo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
Villas Bôas, Glaucia. Mudança provocada: passado e futuro no pensamento sociológico brasileiro.
Rio de Janeiro: FGV, 2006.
______ . A vocação das ciências sociais: um estudo de sua produção em livros do acervo da Biblioteca
Nacional. 1945-1966. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 PROA - Revista de Antropologia e Arte