Das origens do gênero elegíaco até a ruptura de Ovídio nas Heroides
Palavras-chave:
Elegia, Ovídio, HeroidesResumo
Este artigo busca realizar um percurso crítico a respeito do gênero elegíaco desde suas origens até as Heroides de Ovídio. Ainda na Antiguidade, a elegia era um gênero ligado à canção de lamento, sobretudo fúnebre. No entanto, ao analisarmos as elegias dos gregos arcaicos e dos helenísticos, não encontramos composições estritamente de lamento, o que será visto na poesia dos latinos a partir de Catulo e Galo. Com este poeta se inaugura a elegia erótica, na qual encontramos o lamento amoroso. Tibulo e Propércio levam o gênero a suas últimas consequências, tanto que nas últimas composições o amor já não é mais tema central, e Ovídio, diante disso, só pode romper com a tradição, o que de fato faz desde o início de sua carreira poética. Neste sentido, as Heroides são uma amostra da originalidade do poeta de Sulmona, além de ser a sua obra que mais fortuna teve após as Metamorfoses na história da literatura.
Downloads
Referências
AA.VV. Elegy and Iambus. Ed. J. M. Edmonds. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1961, 2 voll.
ACHCAR, Francisco. Lírica e lugar-comum. São Paulo: Edusp, 1994.
ALONI, Antonio. “Elegy”, in BUDELMAN, Felix. The Cambridge Companion to Greek Lyric. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
ARISTÓTELES. A poética clássica. Aristóteles, Horácio, Longino. Trad. Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 1997.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Delta, 1964.
BRIGHT, David F. Haec mihi fingebam. Tibullus in his world. Leiden: Brill, 1978.
CONTE, Gian Biagio. Latin literature. Baltimore: Johns Hopkins, 1999.
ERNOUT, Alfred e MEILLET, Antoine. Dictionnaire étymologique de la langue latine. Paris: Klincksieck, 2001.
FRÉCAULT, J.-M. L’esprit et l’humour chez Ovide. Grenoble: Presses Universitaires de Grenoble, 1972.
FULKERSON, Laurel. “The Heroides: Female Elegy?”, in Peter E. Knox (org.). A Companion to Ovid. Malden, MA: Blackwell, 2009.
GRIMAL, Pierre. Le lyrisme à Rome. Paris: PUF, 1978.
GÜNTHER, Hans-Christian (ed.). Brill’s companion to Propertius. Leiden/Boston: Brill, 2006.
HARDIE, Philip (org.). The Cambridge companion to Ovid. Cambridge: Cambridge University Press, 2002a.
HARDIE, Philip. “The Heroides”, in Ovid’s poetics of illusion. Cambridge: Cambridge University Press, 2002b.
HINDS, Stephen. Allusion and intertext. Dynamics of appropriation in Roman poetry. Cambridge: CUP, 1998.
HOUAISS, Antonio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
JACOBSON, Howard. Ovid’s Heroides. Princeton: Princeton University Press, 1974.
KNOX, Peter E. “The Heroides: Elegiac Voices”, in Barbara W. Boyd (org.). Brill’s Companion to Ovid. Leiden: Brill, 2002.
LIDDELL, Henry George e SCOTT, Robert. A Greek-English Lexicon. Oxford: Claredon Press, 1996.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974.
NAGY, Gregory. “Ancient Greek Elegy”, in K. Weisman. The Oxford handbook of the Elegy. Oxford: Oxford University Press, 2010.
OVÍDIO. Amores e Arte de amar. Trad. Carlos Ascenso André. São Paulo: Cia. das Letras, 2011.
OVÍDIO. Ars amatoria. Ed. H. Bornecque. Paris: Les Belles Lettres, 1924.
OVÍDIO. Héroïdes. Ed. H. Bornecque. Trad. M. Prévost. Paris: Les Belles Lettres, 1961.
OVÍDIO. Heroides. Trad. Carlos Ascenso André. Lisboa: Cotovia, 2016.
OVÍDIO. Metamorfosi. Ed. G. Paduano. Milão: Mondadori, 2007.
OVÍDIO. Poesie d’amore e dell’esilio. Ed. P. Fedeli. Milão: Mondadori, 2007, 2 voll.
PARTÊNIO. Sofrimentos de Amor. Trad. Reina M. T. Pereira. Coimbra: Imprensa de Coimbra/São Paulo: Annablume, 2015.
PINOTTI, Paola. L’elegia latina: storia di una forma poetica. Roma: Carocci, 2011.
PROPÉRCIO. Elegias. Trad. Guilherme G. Flores. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
QUINN, Kenneth. Catullus: an interpretation. Londres: B. T. Batsford, 1972.
TIBULO. Elegias de Tibulo. Introdução, tradução e notas. Dissertação de Mestrado de João Batista Toledo Prado. São Paulo: Usp, 1990.
VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. Persona poética e autor empírico na poesia amorosa romana. São Paulo: Editora Unifesp, 2016.
VEYNE, Paul. A Elegia erótica romana: o amor, a poesia e o ocidente. Trad. Milton M. do Nascimento e Maria das Graças S. Nascimento. São Paulo: Brasiliense, 1985.
WEISMAN, Karen (org.). The Oxford handbook of the Elegy. Oxford: Oxford University Press, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 PhaoS: Revista de Estudos Clássicos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Al someter textos a PhaoS, sus autores deben ser conscientes de que, si se aprueban para publicación, la revista tendrá sobre ellos todos los derechos de autor pertinentes. Los originales no se devolver. La revista adopta la Licencia de Creative Commons internacional.