Banner Portal
Das origens do gênero elegíaco até a ruptura de Ovídio nas Heroides
PDF

Palavras-chave

Elegia
Ovídio
Heroides

Como Citar

HEISE, Pedro Falleiros. Das origens do gênero elegíaco até a ruptura de Ovídio nas Heroides. Phaos: Revista de Estudos Clássicos, Campinas, SP, v. 20, p. e020001, 2020. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/phaos/article/view/11551. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este artigo busca realizar um percurso crítico a respeito do gênero elegíaco desde suas origens até as Heroides de Ovídio. Ainda na Antiguidade, a elegia era um gênero ligado à canção de lamento, sobretudo fúnebre. No entanto, ao analisarmos as elegias dos gregos arcaicos e dos helenísticos, não encontramos composições estritamente de lamento, o que será visto na poesia dos latinos a partir de Catulo e Galo. Com este poeta se inaugura a elegia erótica, na qual encontramos o lamento amoroso. Tibulo e Propércio levam o gênero a suas últimas consequências, tanto que nas últimas composições o amor já não é mais tema central, e Ovídio, diante disso, só pode romper com a tradição, o que de fato faz desde o início de sua carreira poética. Neste sentido, as Heroides são uma amostra da originalidade do poeta de Sulmona, além de ser a sua obra que mais fortuna teve após as Metamorfoses na história da literatura.

PDF

Referências

AA.VV. Elegy and Iambus. Ed. J. M. Edmonds. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1961, 2 voll.

ACHCAR, Francisco. Lírica e lugar-comum. São Paulo: Edusp, 1994.

ALONI, Antonio. “Elegy”, in BUDELMAN, Felix. The Cambridge Companion to Greek Lyric. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

ARISTÓTELES. A poética clássica. Aristóteles, Horácio, Longino. Trad. Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 1997.

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Delta, 1964.

BRIGHT, David F. Haec mihi fingebam. Tibullus in his world. Leiden: Brill, 1978.

CONTE, Gian Biagio. Latin literature. Baltimore: Johns Hopkins, 1999.

ERNOUT, Alfred e MEILLET, Antoine. Dictionnaire étymologique de la langue latine. Paris: Klincksieck, 2001.

FRÉCAULT, J.-M. L’esprit et l’humour chez Ovide. Grenoble: Presses Universitaires de Grenoble, 1972.

FULKERSON, Laurel. “The Heroides: Female Elegy?”, in Peter E. Knox (org.). A Companion to Ovid. Malden, MA: Blackwell, 2009.

GRIMAL, Pierre. Le lyrisme à Rome. Paris: PUF, 1978.

GÜNTHER, Hans-Christian (ed.). Brill’s companion to Propertius. Leiden/Boston: Brill, 2006.

HARDIE, Philip (org.). The Cambridge companion to Ovid. Cambridge: Cambridge University Press, 2002a.

HARDIE, Philip. “The Heroides”, in Ovid’s poetics of illusion. Cambridge: Cambridge University Press, 2002b.

HINDS, Stephen. Allusion and intertext. Dynamics of appropriation in Roman poetry. Cambridge: CUP, 1998.

HOUAISS, Antonio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

JACOBSON, Howard. Ovid’s Heroides. Princeton: Princeton University Press, 1974.

KNOX, Peter E. “The Heroides: Elegiac Voices”, in Barbara W. Boyd (org.). Brill’s Companion to Ovid. Leiden: Brill, 2002.

LIDDELL, Henry George e SCOTT, Robert. A Greek-English Lexicon. Oxford: Claredon Press, 1996.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974.

NAGY, Gregory. “Ancient Greek Elegy”, in K. Weisman. The Oxford handbook of the Elegy. Oxford: Oxford University Press, 2010.

OVÍDIO. Amores e Arte de amar. Trad. Carlos Ascenso André. São Paulo: Cia. das Letras, 2011.

OVÍDIO. Ars amatoria. Ed. H. Bornecque. Paris: Les Belles Lettres, 1924.

OVÍDIO. Héroïdes. Ed. H. Bornecque. Trad. M. Prévost. Paris: Les Belles Lettres, 1961.

OVÍDIO. Heroides. Trad. Carlos Ascenso André. Lisboa: Cotovia, 2016.

OVÍDIO. Metamorfosi. Ed. G. Paduano. Milão: Mondadori, 2007.

OVÍDIO. Poesie d’amore e dell’esilio. Ed. P. Fedeli. Milão: Mondadori, 2007, 2 voll.

PARTÊNIO. Sofrimentos de Amor. Trad. Reina M. T. Pereira. Coimbra: Imprensa de Coimbra/São Paulo: Annablume, 2015.

PINOTTI, Paola. L’elegia latina: storia di una forma poetica. Roma: Carocci, 2011.

PROPÉRCIO. Elegias. Trad. Guilherme G. Flores. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

QUINN, Kenneth. Catullus: an interpretation. Londres: B. T. Batsford, 1972.

TIBULO. Elegias de Tibulo. Introdução, tradução e notas. Dissertação de Mestrado de João Batista Toledo Prado. São Paulo: Usp, 1990.

VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. Persona poética e autor empírico na poesia amorosa romana. São Paulo: Editora Unifesp, 2016.

VEYNE, Paul. A Elegia erótica romana: o amor, a poesia e o ocidente. Trad. Milton M. do Nascimento e Maria das Graças S. Nascimento. São Paulo: Brasiliense, 1985.

WEISMAN, Karen (org.). The Oxford handbook of the Elegy. Oxford: Oxford University Press, 2010.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 PhaoS: Revista de Estudos Clássicos

Downloads

Não há dados estatísticos.