Resumo
A partir dos Encontros Nacionais de Engenharia e Desenvolvimento Social e do surgimento da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (REPOS), fundada em 2014, surge a necessidade de criar espaços de formação que possibilitassem a estudantes e profissionais das engenharias aprofundar e refletir sobre a atuação com e para as classes populares. Assim nasce um curso gratuito de extensão, de abrangência nacional, realizado em sua primeira edição, de maneira virtual, em 2021. Este artigo objetiva apresentar e analisar a experiência do Curso de Engenharia Popular como um espaço de reflexão para a ação. As autoras do artigo são também coordenadoras do curso, que aqui trazem seus relatos e percepções a partir da vivência com essa primeira turma, buscando apontar limites e possibilidades a partir da experiência. Como resultado, avalia-se que o curso tem permitido não apenas criar novos imaginários para a engenharia, mas também aprofundar as intersecções teórico-metodológico entre engenharia e Educação Popular. Ainda que esse aprofundamento seja limitado pela carga horária restrita da formação e pelo formato virtual adotado em virtude da pandemia, o curso se une à atuação extensionista nas engenharias e ao papel da universidade em se transformar em direção à diversidade e à justiça social.
Referências
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