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Sociedade, trabalho e sentido da vida: se fere nossa existência, seremos mais que resistência
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Palavras-chave

Capitalismo contemporâneo
Suicídio
Processos de Saúde-adoecimento
Centralidade do trabalho

Como Citar

PRAUN, Luci. Sociedade, trabalho e sentido da vida: se fere nossa existência, seremos mais que resistência. Cadernos Cemarx, Campinas, SP, n. 11, p. 145–160, 2018. DOI: 10.20396/cemarx.v0i11.11295. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cemarx/article/view/11295. Acesso em: 30 abr. 2024.

Resumo

Este texto, que por iniciativa editorial foi desenvolvido em formato de carta, trata sobre processos de saúde-adoecimento abrigados sob a denominação transtornos mentais. A ênfase recai sobre os desdobramentos desses processos em tentativas ou óbitos por suicídio, cujas estatísticas mundiais e brasileiras têm se apresentado de forma ascendente. Busca-se, ao introduzir a temática e as estatísticas  correspondentes, problematizar sobre as fronteiras entre a esfera da vida pessoal e a do trabalho e, de forma decorrentes, sobre o quanto esses episódios podem ser inseridos no âmbito da sociabilidade capitalista contemporânea e ao profundo processo de degradação do trabalho.

https://doi.org/10.20396/cemarx.v0i11.11295
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