Resumo
O ensino de ciências requer dos professores a mobilização de competências, a seleção de recursos de ensino atrativos e dinâmicos, que diferem das aulas tradicionais, na busca pela motivação dos alunos e construção da aprendizagem. A observação participante de episódios de ensino revelou que atividades como jogos, exercícios envolvendo análise de dados, vídeo aulas com posterior discussão, utilização do laboratório de informática, motivam os alunos, favorecendo a diminuição da indisciplina e a aprendizagem de conceitos científicos. Além disso, foi evidenciado que o professor carece de uma formação que valorize não apenas conteúdos e métodos de ensino, contemplando-se ainda discussões acerca de suas necessidades formativas para um trabalho eficaz, considerando inclusive os desafios a serem enfrentados por este profissional. É preciso envolver professores em processos de investigação e análise de recursos, que possam contribuir para a motivação nas aulas de ciências, no sentido de constituir conhecimentos sobre o fazer docente.
Referências
ALVES, E. M. S. A ludicidade e o ensino de matemática. 4ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994. (Coleção Ciências da Educação)
BORUCHOVITCH, E., & BZUNECK, J. A. (Orgs.). A Motivação do Aluno: contribuições da Psicologia contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
BROPHY, J. Motivating students to learn. New York: McGraw-Hill, 1998.
ESTRELA, A. Teoria e Prática de Observação de Classes: uma estratégia de formação de professores. Portugal: Porto Editora, 1994.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2004.
MENDES, I. A. Matemática e Investigação em sala de aula. São Paulo, SP: Editora Livraria da Física, 2009.
MOURA, P.; BONZANINI, T. K. Motivação em Aulas de Matemática: análise de recursos e situações de ensino. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 5, 2015, Bauru. Anais V CBE V CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO. Bauru: UNESP, 2015.
NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997. PERRENOUD, P. Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre, RS: Artmed, 2000.
SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Afetividade, motivação e construção de conhecimento científico nas aulas desenvolvidas em ambientes naturais. Ciências & Cognição, v. 13, n. 3, p. 120-136, 2008. Disponível em: < http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v13_3/m318253.pdf>. Acesso em: 10 set.2015.
SZLAK, C. D. Como as Pessoas Aprendem. São Paulo, SP: Ed.Senac, 2007.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
Apesar do periódico ser de acesso aberto, utilizando a Licença Creative Commons, os direitos autorais dos trabalhos submetidos são de exclusividade da revista.