A participação chinesa na ONU
de espectadora à protagonista
Palavras-chave:
China, Organização das Nações Unidas, Secretariado, Organizações Internacionais, Governança GlobalResumo
Mesmo sendo membro da Organização das Nações Unidas desde 1971, a República Popular da China (RPC) sempre se comportou mais como expectadora dos debates do que como protagonista, sem assumir a liderança nas negociações ou mesmo uma postura mais ativa nas atividades na organização. Contudo, nos últimos anos, a RPC tem dedicado especial atenção à sua participação na ONU e em seus fundos, agências e programas.
A mudança para um engajamento ativo é marcada principalmente a partir de 2015: na ocasião da abertura da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente chinês Xi Jinping declarou que a China estava disposta a assumir seu papel de potência responsável, não só seguindo e mantendo as normas internacionais, mas também reforçando o papel das estruturas de governança global. A partir daí, observamos um incremento na participação chinesa no sistema ONU.
O engajamento tem uma estratégia diversificada, que vai desde a ampliação de contribuições financeiras à instituição e suas entidades, até a maior participação de chineses no Secretariado da ONU, em especial nos altos cargos de liderança. Em termos de contribuição, a China figura hoje entre os maiores contribuintes ao orçamento da ONU, das operações de paz, da Organização das Nações Unidas para Educação, Cultura e Ciência, da Organização Mundial da Saúde, entre outros.
Já no que diz respeito à maior participação no Secretariado da ONU e de seus fundos, agências e programas, a China vem anualmente ampliando a participação de seus nacionais nos quadros burocráticos.
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