Resumo
No começo do século XXI, o Sul Global vem sendo a categorização mais importante para apresentar alternativas à descolonização e à globalização neoliberal. Como um movimento multifacetado que enfatiza a necessidade de uma comunidade internacional pós-colonial e que avance nos objetivos da igualdade e solidariedade internacional numa ordem internacional livre dos arcabouços institucionais do colonialismo , “a cooperação Sul-Sul tem sido um conceito chave e um conjunto de práticas em busca dessas mudanças históricas através de uma visão de benefício mútuo e solidariedade entre os menos favorecidos do sistema internacional”. (GRAY; GILLS, 2016, p. 557). Nesse tocante, o presente artigo vislumbra uma possibilidade de análise comparativa de dois protagonistas para este movimento: a América Latina e a China. Uma vez que as relações sino-latinoamericanas foram exponencialmente intensificadas desde o início da década de 2000, considera-se fundamental realizar uma ponte de saberes desses dois importantes centros do Sul Global. O objetivo principal é analisar e estabelecer possíveis correlações entre o “socialismo com características chinesas” e o “socialismo com características latinas” nos marcos do pensamento descolonial. Assim, a partir de uma metodologia empírico-dedutiva lastreada em dados qualitativos proporcionados por revisão bibliográfica, a hipótese central seria de que a construção de novos modelos de socialismo possibilitam pontos de convergência em experiências empíricas diferentes, seja na “onda vermelha” da China, seja na “onda rosa” da América Latina.
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