Resumo
O artigo apresenta, de forma resumida, um projeto de investigação focado na experiência da Natureza e o
potencial pedagógico no Ensino Básico, especificamente do primeiro e do segundo ciclos. É aqui refletido sobre o
contato reduzido das crianças com os espaços naturais exteriores e a sua exploração, situação que tem vindo a
aumentar acentuadamente em Portugal, sendo mencionados alguns dos fatores que encaminham para a perda
sucessiva desse contato. Procura-se perceber, a partir de estudos internacionais e nacionais, o tempo despendido em
atividades pedagógicas ao ar livre, em que o recreio surge como principal elemento de relação com o exterior; dados
sobre as atividades pedagógicas realizadas no exterior; e o tipo de contatos com a Natureza. Esta investigação reúne,
ainda, o estudo de três projetos pedagógicos, nomeadamente: “Dia de aulas ao ar livre”, “Limites invisíveis: educação
na natureza” e “Escola da Floresta Bloom” que abordam, em Portugal, a aproximação das crianças com o espaço
natural como essencial para o desenvolvimento cognitivo, motor e social. Pretende-se compreender quais as razões
que estão na base da criação destes projetos, quais os seus objetivos, programas e resultados, avaliando potenciais
utilizações ou melhorias, no âmbito laboratorial da investigação a ser desenvolvida no Doutoramento em Educação
Artística.
Referências
Bai, H., Elza, D., Kovacs, P., & Romanycia, S. (2015). Re - searching and re - storying the
complex and complicated relationship of biophilia and bibliophilia Re-searching and
Re- storying the Complex and Complicated Relationship of Biophilia and Bibliophilia.
(June 2010). https://doi.org/10.1080/13504621003613053
Bento, G. (2015). Infância e espaços exteriores – perspetivas sociais e educativas na
atualidade. Investigar Em Educação: Revista Da Sociedade Portuguesa de Ciências de
Educação, II a Série (4), 127–140.
Bento, G., & Portugal, G. (2016). Valorizando o espaço exterior e inovando práticas
pedagógicas em educação de infância. Revista Iberoamericana de Educación, 72, 85–
https://doi.org/10.35362/rie72037
Bentsen, P., Mygind, E., & Randrup, T. B. (2009). Towards an understanding of
udeskole: Education outside the classroom in a danish context. Education 3-13, 37(1),
–44. https://doi.org/10.1080/03004270802291780
Bilton, H., Bento, G., & Dias, G. (2017). Brincar ao ar livre: oportunidades de
desenvolvimento e de aprendizagem fora de portas (1a edição; P. Editora, Ed.).
Burriss, K., & Burriss, L. (2011). Outdoor Play and Learning: policy and practice.
International Journal of Education Policy and Leadership, 6(8), 1–12. Retrieved from
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ963739.pdf
Casanova, A. (2019). Escolas de Floresta: o modelo de educação infantil ao ar livre na
Europa e Espanha. Sarmiento. Revista Galego-Portuguesa de Historia Da Educación,
, 51–67. https://doi.org/10.17979/srgphe.2018.22.0.5462
Clements, R. (2008). An investigation of the status of outdoor play. Contemporary
Issues in Early Childhood, 5(1), 68–80. https://doi.org/10.1520/stp17413s
Coelho, A., Vale, V., Bigotte, E., Figueiredo-Ferreira, A., Duque, I., & Pinho, L. (2015).
Oferta educativa outdoor como complemento da Educação Pré-Escolar: Os beneficios
do contacto com a natureza. Revista de Estudios e Investigación En Psicología y
Educación, (10). https://doi.org/10.17979/reipe.2015.0.10.585
Cornell, J. (2005). Vivências com a Natureza: guia de atividades para pais e educadores
(Aquariana/Ground, Ed.).
Dia de aulas ao ar livre. (n.d.-a). Biblioteca ao ar livre. Retrieved November 3, 2020,
from Dia de aulas ao ar livre website:
https://diadeaulasaoarlivre.pt/materiais/biblioteca-ao- ar-livre/
Dia de aulas ao ar livre. (n.d.-b). Em que consiste? O que é o dia de aulas ao ar livre?
Retrieved November 3, 2020, from Dia de aulas ao ar livre website:
https://diadeaulasaoarlivre.pt/sobre/
Dowdell, K., Gray, T., & Malone, K. (2011). Nature and its Influence on Children’s
Outdoor Play. Journal of Outdoor and Environmental Education, 15(2), 24–35.
https://doi.org/10.1007/bf03400925
Duque, I., Migueis, M., Almeida, E. B. de, Coelho, A., Vale, V. do, & Figueiredo, A.
(2020).
Salto à Mata: Educação na natureza no 1.o Ciclo do Ensino Básico. In F. Martins, L.
Mota, & S. Espada (Eds.), A formação de professores e educadores: das políticas às
práticas supervisionadas (pp. 146–160). Coimbra.
Duque, I., Pinho, L., Bigotte, E., Figueiredo, A. F., Miguéis, M., Vale, V., & Coelho, A.
(2015). A floresta como espaço de aprendizagem: Um complemento à oferta
educativa para a infância. In De Facto Editores (Ed.), II Colóquio Internacional de
Ciências Sociais da Educação: o governo das escolas: atores, políticas e práticas (pp.
–233). Retrieved from http://webs.ie.uminho.pt/iicicse/
Figueiredo, A., Duque, I., Migueis, M., Coelho, A., do Vale, V., Bigotte, E., & Pinho, L.
(2017). Projeto Limites Invisíveis: Uma abordagem educativa na natureza. In I Fórum
CIDTFF – Livro de Posters (p. 15). Aveiro: Aveiro, UA Editora – Universidade de.
Finch, K., & Bailie, P. E. (2015). Nature Preschools : Putting Nature at the Heart of
Early Childhood.
Fjørtoft, I. (2001). The Natural Environment as a Playground for Children: The
Impact of Outdoor Play Activities in Pre-Primary School Children. Early Childhood
Education Journal, 29, 111–117. https://doi.org/10.1023/A
Forestry Commission Scotland. (2017). Forest kindergarten: a natural approach to
learning in the early years. Care Strategy Steering Group – Operational Meeting,
(January). Retrieved from
https://www.cdn.ac.uk/wpcontent/uploads/2017/01/Forest- Kindergarten-anatural-
approach-to-learning-in-the-early-years-Forestry-Commission- Scotland.pdf
Gill, T. (2016). Equilibrar os Riscos e as Vantagens da Aprendizagem e da Brincadeira
ao Ar Livre (pp. 1–11). pp. 1–11. Retrieved from https://diadeaulasaoarlivre.pt/wpcontent/
uploads/sites/3/2016/09/160428_PROJECTDIRT_OCD_BOOK7_BALANCIN
G_RI SK_A4.pdf
Harris, F. (2017). Outdoor learning spaces: The case of forest school. Area, 50(2),
–231. https://doi.org/10.1111/area.12360
Kellert, S. R. (2002). Experiencing Nature: Affective, Cognitive, and Evaluative
Development in Children. In P. H. Kahn & S. R. Kellert (Eds.), Children and Nature:
psychological,sociocultural, and evolutionary investigations (pp. 117–152)
Massachusetts: The MIT Press.
Lehtniemi, N. (2016). this is Finland. Vida & Sociedade, Educação. Retrieved January
, 2020, from A verdade sobre as escolas Finlandesas website:
https://finland.fi/pt/vida- amp-sociedade/a-verdade-sobre-as-escolas-finlandesas/
Limites Invisíveis. (n.d.-a). Formação e consultoria. Retrieved November 5, 2020,
from Limites invisíveis: educação na natureza website:
http://limitesinvisiveis.pt/pt/formacao_consultoria/
Limites Invisíveis. (n.d.-b). História. Retrieved November 5, 2020, from Limites
invisíveis: educação na natureza website: http://limitesinvisiveis.pt/pt/historia/
Limites Invisíveis. (n.d.-c). Oferta educativa. Retrieved November 5, 2020, from
Limites invisíveis: educação na natureza website:
http://limitesinvisiveis.pt/pt/oferta- educativa/
Lucas, A. J., & E.Dyment, J. (2010). Where do children choose to play on the school
ground? The influence of green design. International Journal of Primary, Elementary
and Early Years Education. Education 3-13, 38(2), 177–189.
Maynard, T., & Waters, J. (2007). Learning in the outdoor environment: A missed
opportunity? Early Years, 27(3), 255–265.
https://doi.org/10.1080/09575140701594400
Mendonça, R. (2014). Atividades em Áreas Naturais.
Movimento Bloom. (n.d.-a). Manifesto. Retrieved November 6, 2020, from Escola da
floresta Bloom website: http://www.movimentobloom.org.pt/pt/manifesto/
Movimento Bloom. (n.d.-b). Princípios. Retrieved November 7, 2020, from Escola da
floresta Bloom website: http://www.movimentobloom.org.pt/pt/principios/
Movimento Bloom. (n.d.-c). Projecto Academia de Conhecimento Gulbenkian.
Retrieved November 7, 2020, from Escola da floresta Bloom website:
http://www.movimentobloom.org.pt/pt/projecto-academia-de-conhecimentogulbenkian/
Neto, C. (2020). Libertem as Crianças: a urgência de brincar e ser ativo (Contraponto
Editores, Ed.).
Parque Biológico Gaia. (2020). Retrieved from Física na natureza website:
https://parquebiologico.pt/educacao/ciencia-em-familia/educacao-ciencia-emfamilia/
course/fisica-na-natureza
Redes de Escolas do Futuro. (2018). A natureza é a melhor sala de aula. Retrieved
from Futuro. O projeto das mil árvores. website:
https://www.100milarvores.pt/2018/12/a-natureza-e-a-melhor-sala-de-aula.html
Robertson, J. (2016). Manter a Aprendizagem ao Ar Livre Ou como se ensina a sujar
(pp. 1– 13). pp. 1–13. Retrieved from https://diadeaulasaoarlivre.pt/wpcontent/
uploads/sites/3/2016/09/160428_PROJECTDIRT_OCD_BOOK11_A5-2.pdf
Semble. (2019). Playtime matters report: outdoor classroom day. Retrieved from
https://www.playscotland.org/resources/playtime-matters-report-outdoorclassroom-
day-may-2019/
Sharing Nature Worldwide. (n.d.). Retrieved from How Sharing Nature Began
website: https://www.sharingnature.com/our-story.html
Tovey, H. (2007). Playing Outdoors. Poland: Open University Press.
Tremonte, F. (2019). Escola da Floresta: breves notas ou um texto-colagem escrito
por muitas mãos e meios Escola da Floresta. Poiésis, Niterói, 20(33), 76–84.
https://doi.org/http://dx.doi.org/10.22409/poiesis.2033.75-84
White, R. (2004). Young Children ’ s Relationship with Nature : Its Importance to
Children ’ s Development & the Earth ’ s Future. (Manning).
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Revista Visuais