Resumo
O artigo trata da metodologia de teatro de "descolonização do corpo" elaborada pelo artista e sociólogo Ivan Nogales (in memoriam), durante sua experiência como diretor e dramaturgo do Teatro Trono, de El Alto, Bolívia, desde o final da década de 1980. Tal proposta se constitui em uma forma de resistência e re-existência ao projeto Moderno/Colonial, na medida em que recupera epistemologias ancestrais através de um "teatro de memória" e um arte comunitária, em que se mescla diversas tradições do teatro clássico, moderno e popular, transpassando, assim, a linha abissal imposta pela modernidade/colonialidade, por meio da desconstrução de imaginários impostos por ela, para enfrentar a colonialidade do poder ( do ser, do saber e da natureza) na busca pelo amor e pela liberdade, encontrados na possibilidade de formação de um corpo social, que se faz pela "arte do abraço".
Referências
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