Resumo
Uma frase do prefácio da primeira edição de Filosofia da caixa preta (Hucitec, 1985, p.8), entendida em princípio como uma mera formalidade, pura redundância em seu contexto, pode ser escolhida como nossa meta: “A intenção que move este ensaio é contribuir para um diálogo filosófico sobre o aparelho em função do qual vive a atualidade, tomando por pretexto o tema fotografia.” A partir dessa colocação vamos estabelecer uma abordagem da obra de Flusser, não como um relato final, mas um roteiro para leituras que procurem compreender a aproximação do autor à fotografia. Esse é um percurso que aponta certamente para uma crítica filogenética, mas tal alvo é um objetivo distante. Para elaborar esse roteiro de viagem é necessário estabelecer algumas primeiras decisões. Não se pretende aqui desenvolver um quadro histórico da presença de Flusser no Brasil, pois esse traçado já foi delineado em ensaio anterior, intitulado Pensando a fotografia (a memória), de 1998.
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