Banner Portal
As competências soft nas políticas internacionais para a Educação Profissional e Tecnológica pós-pandemia
PDF

Palavras-chave

Internacionalização da educação
Cultura técnica
Educação profissional e tecnológica
Soft skills

Como Citar

FREIRE, Emerson; DELGADO, Darlan Mercelo; BATISTA, Sueli Soares dos Santos. As competências soft nas políticas internacionais para a Educação Profissional e Tecnológica pós-pandemia. RBEC: Revista Brasileira de Educação Comparada, Campinas, SP, v. 3, n. 00, p. e021008, 2021. DOI: 10.20396/rbec.v3i00.14748. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rbec/article/view/14748. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A proposta deste artigo é estudar e colocar em debate, a partir de pesquisa bibliográfica e documental, se a noção de competências baseada em soft skills ainda seria capaz de enfrentar os desafios colocados após a crise de 2008 e, mais ainda atualmente, com a Covid-19, em um contexto de internacionalização da educação regida por diretrizes forjadas em agências multilaterais para uma formação que preconiza conhecimentos técnicos e tecnológicos sólidos, como a Educação Profissional e Tecnológica. O que se percebe é um crescente efeito colateral da aplicação dessa noção, uma fragilidade na formação por conhecimentos fortemente ancorados em conteúdos assentados nas ciências exatas como a matemática, a física, a química, a lógica, entre outras, e, menos ainda, em conteúdos de ciências humanas, como história, filosofia, sociologia, tão importantes quanto àqueles para a formação de uma cultura técnica, não tecnicista, como conceituada pelo filósofo francês Gilbert Simondon.

https://doi.org/10.20396/rbec.v3i00.14748
PDF

Referências

Akkari, A. (2011). Internacionalização das políticas educacionais. Rio de Janeiro: Vozes.

Apple, M. (2004). Entre o neoliberalismo e o neoconservadorismo: educação e conservadorismo em um contexto global. In: BURBULES, Nicholas C.; TORRES, C. A. Globalização e educação: perspectivas críticas. Trad. Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed.

Bahl, A. & Dietzen, A. (Eds.). (2019). Work-based learning as a pathway to competence-based education: a UNEVOC network contribution. UNEVOC: Bonn.

Batista, S., Freire, E. & Delgado, D. (2020). Cursos superiores de tecnologia no contexto da internacionalização e da expansão da educação profissional e tecnológica no Estado de São Paulo. Série-Estudos, Campo Grande, MS, 25(54), 191-219. http://dx.doi.org/10.20435/serie-estudos.v25i54.1381

Bauman, Z. (1999). Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro-RJ: Zahar.

Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro-RJ: Zahar.

Brasil. (2017) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 13.415/2017, de 13 de fevereiro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm. Acesso 01 mar 2020.

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. (2020). CPS avalia competências técnicas e socioemocionais de estudantes. Disponível em: https://www.cps.sp.gov.br/cps-avalia-competencias-tecnicas-e-socioemocionais-de-estudantes/. Acesso 18 jul 2020.

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. (2019) Rol de competências socioemocionais. Disponível em: http://cpscetec.com.br/cpscetec/arquivos/2019/socioemocionais.pdf. Acesso 18 jul 2020.

Coda, R. (2016). Competências comportamentais: como mapear e desenvolver competências pessoais no trabalho. São Paulo: Atlas.

Dardot, P. & Laval, C. (2016). A Nova Razão do Mundo - Ensaio sobre a Sociedade Neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 402 p.

Delgado, D. (2015). Inovação em educação na berlinda: da instrumentalização à emancipação. Linhas Críticas, Brasília, DF, 46, 764-783, set./dez. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193543849011. Acesso 12 fev 2021.

Delgado, D. & Gomes, L. R. (2015). Inovação em política e gestão da educação profissional e tecnológica: uma abordagem pela teoria crítica. São Paulo: Centro Paula Souza, 2015.

Delors, J. & Nanzaho, Z. (1996). Educação um tesouro a descobrir. Editora Cortez.

Doti, M. & Freire, E. (2020). A urgência da filosofia em cursos superiores de tecnologia: para além da pragmática da eficiência e da normatividade. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea. 8(2), 405-418. http://doi.org/10.26512/rfmc.v8i2.27343.

Dutra, J. (2017). Competências: conceitos, instrumentos e experiências. 2 ed. São Paulo: Atlas.

Fatec Sorocaba. (2020). Testes Tessera e Workkeys para prováveis formandos.Disponível em: http://www.fatecsorocaba.edu.br/noticia583.asp.

Freire, E. (2018). “Faltam-nos poetas técnicos”: em direção a uma formação tecnoestética. In:

Freire, E.; Verona, J. A.; Batista, S.S.S. Educação Profissional e Tecnológica: extensão e cultura. Jundiaí: Paco Editorial.

Harvey, D. (2013). Condição pós-moderna. 24 ed. São Paulo: Loyola, 2013.

Hirata, H. (1998). Da polarização das qualificações ao modelo da competência. In: FERRETTI, C. J. et al. (Orgs.). Tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 4 ed. Petrópolis-RJ: Vozes,

Huber, G. (1991) Organizational Learning: the contributing process and the literatures. Organization Studies 17 (1): 49-81.

Kon, A. (2016) A economia do trabalho: qualificação e segmentação no Brasil. Rio de Janeiro: Alta Books.

Ministério da Educação. (2019) BNCC. Base Nacional Curricular Comum - BNCC (2019). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf.

Nascimento S.R. (2020) Empresa júnior no ensino técnico médio integrado: laboratório de aprendizagem para o desenvolvimento socioemocional, 161 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo.

Nonaka, I. (1997). A empresa criadora de conhecimento. In: STARKEY, K. Como as organizações aprendem: relatos do sucesso das grandes empresas. São Paulo: Futura, 1997.

Sacristán, J., Gómez, A., Rodríguez, J., Santomé, J., Rasco, F., Méndez, J. ,..Pimenta, S. (2011). Educar por competências: o que há de novo? Porto Alegre: Artmed.

Shrivastava, P. (1983). A typology of organizational learning systems. Journal of Management Studies, 20 (1), 7-28.

Silva, M. (2008). Currículo e competências: a formação administrada. São Paulo: Cortez.

Simondon, G. (1969). Du mode d'existence des objets techniques. Paris: Aubier - Montaigne.

Simondon, G. (1989) L'individuation psychique et collective: à la lumière des notions de forme, information, potentiel et métastabilité. Paris: Aubier.

United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organizarion. (1999) Establishment of an international long-term programe for the development of technical and vocational education following the second international congress on technical and vocational education (Seoul, Republic of Korea, april 1999). Paris, 1999. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000117403.

United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization. (1996). Educação, um tesouro a Descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. UNESCO/Edições ASA.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization – International Centre for Technical and Vocational Education and Training. (2020). Virtual conference on skills for a resilient youth: virtual conference report. Bonn,. Disponível em: https://unevoc.unesco.org/home/UNEVOC+Publications/lang=en/akt=detail/qs=6386

Vargas, F. (2014). Nuevas competencias para el profesional del siglo XXI. Jornada Catarinense da Indústria. Jornada Catarinense da Indústria. Disponível em: http://santacatarinapelaeducacao.com.br/fmanager/senaimov/apresentacoes/arquivo39_1.pdf

Zarifian P. (2012). Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2012.

Zarifian P. (2003) O modelo da competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas. São Paulo: Editora Senac São Paulo.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Emerson Freire, Darlan Marcelo Delgado, Sueli Soares dos Santos Batista

Downloads

Não há dados estatísticos.