Resumen
Este artigo investiga as correspondências encontradas entre as obras de arte contemporânea de Cristiano Lenhardt e as tendências temáticas anunciadas pela disciplina antropológica. A partir de las piezas bidimensionales y tridimensionales Betray the species (2014-2016), Broto cartas (2017) y Cobra desenhadora (2017), y junto a un referencial de Antropología, produzco una serie de reflexiones que identifican en estas producciones de Arte Contemporáneo líneas de diálogo con esta otra área de conocimiento. Pude constatar que las relaciones entre el "yo" y el "otro", las discusiones sobre Naturaleza y Cultura, los temas de la eficacia simbólica, los materiales y las cosmologías indígenas están presentes en el horizonte de intereses de Lenhardt. Al final, problematizo brevemente la subjetivación que dialoga con los temas trabajados por el propio artista en su producción y, al mismo tiempo, me doy cuenta de que forman su identidad como sujeto en el mundo.
Citas
ARAÚJO, Renan. Cristiano Lenhardt. In: Incerteza viva (Catálogo). São Paulo: Bienal de São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.bienal.org.br/publicacoes/3325. Acesso em: 5 nov. 2017.
CARVALHO, Bernardo. O ovo da serpente. Blog IMS. 28 de janeiro de 2015. Disponível em: https://blogdoims.com.br/o-ovo-da-ser-pente/. Acesso em: 10 nov. 2017.
CESARINO, Pedro. Conflitos de pressupostos na Antropologia da Arte. Relações entre pessoas, coisas e imagens. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 93, 2016, pp. 1-17. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/107/10749805006/. Acesso em: 11 nov. 2017.
COMISSÃO NACIONAL DA Verdade. Relatório. Volume II. Textos temáticos. Texto 5. Violações de direitos humanos dos povos indígenas. 2014. Disponível em: http://200.144.182.130/cesta/images/stories/CAPITULO_INDIGENA_Pages_from_Relatorio_Final_CNV_Volume_II.pdf. Acesso em: 5 nov. 2017.
DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie Editora, 2014.
DESCOLA, Philippe. Ecologia e cosmologia. In: CASTRO, Edna; PINTON, Florence (Orgs.). Faces do Trópico úmido. Conceitos e questões sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente. Belém: Editora Cejup, 1997, pp. 243-261.
DESCOLA, Philippe. Ecology as Cosmological Analysis. In: SURRALLÉS, A.; HIERRO, P. (Orgs.). The Land Within. Indigenous Territory and the Perception of the Environment. Copenhagen: IWGIA, 2005, pp. 22-35.
DIAS, José António Fernandes. Arte e Antropologia no século XX: modos de relação. Etnográfica, CEAS/Celta, v. V, n. 1, 2001, pp. 103-129. Disponível em: <http://ceas.iscte.pt/etnografica/docs/vol_05/N1/Vol_v_N1_103-130.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2017.
FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser afetado. Trad. Paula de Siqueira Lopes. Cadernos de Campo, n. 13, 1990[2005], pp. 155-161.
FORTES D’ALOIA & GABRIEL. Cristiano Lenhardt (CV ). 2017. Disponível em: http://fdag.com.br/app/uploads/2016/11/cristiano-lenhardt-cv-6.pdf. Acesso em: 4 nov. 2017.
FOSTER, Hal. O artista como etnógrafo. Arte & Ensaios, n. 12, 1996[2001], pp. 158-185.
GELL, Alfred. Art and Agency. An Anthropological Theory. Oxford: Clarendon Press, 1998.
GLOWCZEWSKI, Barbara. Devires totêmicos: Cosmopolítica do sonho. S ão Paulo: n-1 Edições, 2015.
INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Editora Vozes, 2011[2015].
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. Aquedado céu: palavras de um Xamã Yanomami. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. Prefácio Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 2015
LAGROU, Els. Cashinahua Cosmovision: A Perspectival Approach to Identity and Alterity. Tese de doutorado. St. Andrews, Universidade de St. Andrews, 1998a.
LAGROU, Els. Caminhos, duplos e corpos. Uma abordagem perspectivista da identidade e alteridade entre os Kaxinawa. Tese de doutorado, São Paulo, USP, 1998b.
LAGROU, Els. Podem os grafismos ameríndios ser considerados quimeras abstratas? Uma reflexão sobre uma arte perspectivista. In: SEVERI, Carlo; LAGROU, Els (Orgs.). Quimeras em diálogo: grafismo e figuração nas Artes Indígenas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013, pp. 67-109.
LAGROU, Els. Entre xamãs e artistas: entrevista com Els Lagrou. Revista Usina, n. 20, 2015, [s.p.]. Disponível em: https://revistausina.com/2015/07/15/entrevista-com-els- lagrou/. Acesso em: 1 out. 2017.
LANGDON, Esther Jean. Perspectiva xamânica: relações entre rito, narrativa e arte gráfica. In: SERVERI, Carlo; LAGROU, Els. (Org.). Quimeras em diálogo: xamanismo, grafismo e figuração. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013.
LANGDON, Esther Jean. A cultura siona e a experiência alucinógena. In: VIDAL, Lux (Org.). Grafismo indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Editora Nobel, 1992, pp. 67-87.
LATOUR, Bruno. An Attempt at a “Compositionist Manifesto”. New Literary History, Johns Hopkins University Press, v. 41, n. 3, 2010, pp. 471-490. Disponível em: https://hal.archives-ouvertes.fr/file/index/docid/972938/filename/120-compo-manifesto.pdf. Acesso em: 30 set. 2017.
LENHARDT, Cristiano. Matéria superordinária abundante. Catálogo de Exposição. Recife: Galeria Amparo 60, 2014.
LENHARDT, Cristiano. Trair a espécie. 2017. Disponível em: http://cristianolenhardt.com.br/?p=700. Acesso em: 5 nov. 2017.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. S ão Paulo: Anhembi, 1957[1955].
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. 11. ed. São Paulo: Papirus, 2010[1962].
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2012[1958]. (Cosac Naify Portátil).
MARCUS, George E. O intercâmbio entre arte e antropologia: como a pesquisa de campo em Artes Cênicas pode informar a reinvenção da pesquisa de campo em Antropologia. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 47, n. 1, 2004, pp. 133-158. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pi-d=S0034-77012004000100004&script=sci_art-text. Acesso em: 24 out. 2017.
NUNES, Rodrigo. Da medida da incerteza à incerteza da medida. In: Ecologia e incerteza. Material educativo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2016, pp. 3-6.
PRÊMIO PIPA. Cristiano Lenhardt. 2017. Disponível em: http://www.premiopipa.com/pag/artistas/cristiano-lenhardt/. Acesso em: 4 nov. 2017.
ROLNIK, Suely. Uma terapêutica para tempos desprovidos de poesia.São Paulo: Núcleo de Estudos sobre Subjetividade, 2005. Disponível em: http://www.pucsp.br/nucleodesubjetivi-dade/Textos/terapeutica_Suely_Rolnik.pdf. Acesso em: 10 nov. 2017.
SEVERI, Carlo. A ideia, a série e a forma: desafios da imagem no pensamento de Claude Lévi-Strauss. Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, 2011, pp. 53-75. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sant/v1n2/2238-3875-sant-01-02-0053.pdf. Acesso em: 16 maio 2018.
SEVERI, Carlo; LAGROU, Els. Introdução. In: SEVERI, Carlo; LAGROU, Els (Orgs.). Quimeras em diálogo: grafismo e figuração nas Artes Indígenas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013, pp. 25-66.
SOUZA, Bernardo José de. Rio de Janeiro, um ano qualquer no futuro. Uma cidade parcialmente submersa, esvaziada da presença humana. In: EAV Curador Visitante. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 2015, [s.p.]. Curador Visitante. Rio de Janeiro, Brasil. Ano 1, n. 2. Disponível em: http://eavparquelage.rj.gov.br/wp-content/uploads/2015/03/TABLOIDE--OK-maonegativa-jun12_COMPLETO.pdf. Acesso em: 28 set. 2017.
TABBI, Ulrich. Epílogo. In: WARBURG, Aby. El ritual de la serpiente. Madrid: Sextopiso, 2008[1988], pp. 69-114.
VELTHEM, Lúcia Hussak van. O belo é a fera. A estética da produção e da predação entre os Wayana. V. 1. Lisboa: Editora Lisboa/Assirio & Alvim, 2003.
VINCENT, Nina. Mundos incertos sob um céu em queda: o pensamento indígena, a antropologia e a 32ª Bienal de São Paulo. Resenha. Revista de Antropologia, v. 60, n.2, 2017, pp. 653-661. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137327/1339 36. Acesso em: 1 out. 2017.
VOLZ, Jochen. Incerteza Viva. In: Incerteza Viva. Processos artísticos e pedagógicos – 32ª Bienal de São Paulo. Material educativo. São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo, 2016a.
VOLZ, Jochen. Jornadas espirais: incerteza viva. In: 32ª Bienal de São Paulo. Incerteza Viva. Catálogo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2016b, pp. 21-27. Disponível em: http://www.bienal.org.br/publicacao.php?i=3325. Acesso em: 20 set. 2017.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A floresta de cristal: notas sobre a ontologia dos espíritos amazônicos. Cadernos de Campo, v. 15, n. 14-15, 2006a, pp. 319-338. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/50120/55708. Acesso em: 12 nov. 2017.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é. Enciclopédia Povos no Brasil 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006b, pp. 51-54.
WARBURG, Aby. El ritual de la serpiente. Madrid: Sextopiso, 1988[2008].
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2023 Alberto Luiz de Andrade Neto