Abstract
The creation of the Museu Penitenciário Paulista (Penitentiary Museum of São Paulo) in the late 1930s was greatly influenced by the biological deterministic theories of the period. After the decline of such theories that instigated its creation, the museum was ostracized until it was reformulated and moved into a new building in 2014. Presently, its functions are no longer what they had been, although part of the primary ideas still endure in its exhibitions consistent with an institutionalized view of the public body responsible for it. This article aims at investigating which are the discourses comprehended in the museum and how they articulate with each other and with the people who they claim to represent. With the support of researches that embody a genealogy of the penitentiary system in São Paulo and that study the power structures within such environment, this inquiry focuses on the recognition of the Museum’s diverse boundaries.
References
ALVAREZ Marcos César, SALLA Fernando, ALVES Kelly Ludkiewicz. Medicina legal, criminologia e punição: aspectos da trajetória intelectual e profissional de Flamínio Fávero (1895-1982). Saúde, Ética & Justiça. v. 17, n. 2, p. 57-65, 2012.
ANDRADE, Bruna Soares Angotti Batista de. Entre as leis da ciência, do Estado e de Deus: o surgimento das prisões femininas no Brasil. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
CLIFFORD, James. Museus como zonas de contato. Periódicos Permanentes, n. 6, 2016.
CORRÊA, Mariza. As ilusões da liberdade: a Escola Nina Rodrigues e a Antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2013.
DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas?. Rio de Janeiro: Difel, 2018.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Edipro, 2012.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975 - 1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento das prisões. Petrópolis: Vozes, 2014.
FREITAS, Wagner Cinelli de Paula. Espaço urbano e criminalidade: lições da Escola de Chicago. São Paulo: IBCCRIM, 2002.
FRY, Peter; CARRARA, Sérgio. As vicissitudes do liberalismo no direito penal brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 2, n. 1, p. 48-54, 1986.
GOULD, Stephen. A falsa medida do homem. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.
MASSMANN, Débora. Versões controversas na leitura de arquivos: o Museu Penitenciário Paulista. RUA, v. 24, n. 2, p. 525-541, 2018.
PADOVANI, Natália C. Sobre casos e casamentos: afetos e amores através das penitenciárias femininas em São Paulo e Barcelona. São Carlos: EdUFSCar, 2018.
PRATT, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Bauru: EDUSC, 1999.
SALLA, Fernando. As prisões em São Paulo: 1822 – 1940. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2006.
SALLA, Fernando. Rebelião na Ilha Anchieta em 1952 e a primeira grande crise na segurança pública paulista. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 8, n. 4, p. 633-658, 2015.
SÃO PAULO. Palácio do Governo do Estado de São Paulo. Decreto N. 10.773, de 11 de dezembro de 1939. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1939/decreto-10773-11.12.1939.html.
SÃO PAULO. Palácio do Governo do Estado de São Paulo. Decreto N. 12.439, de 29 de dezembro de 1941. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto.lei/1941/decreto.lei-12439-29.12.1941.html.
SÃO PAULO. Gabinete do Governador. Decreto 42446/63, de 9 de setembro de 1963. Aprova o Regulamento do Departamento dos Institutos Penais do Estado e dá outras providências. São Paulo: Imprensa oficial, 1963.
TAMBASCIA, Christiano Key. Constituindo carreira e coleções etnográficas. R@U: Revista de Antropologia da UFSCar, v. 5, n. 1, p. 98-116, 2013.
TEIXEIRA, Alessandra. Do sujeito de direito ao estado de exceção: o percurso contemporâneo do sistema penitenciário brasileiro. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Pietro Ferreti Rocco