O praiá Pankararu: objeto-fetiche modernista
PDF

Como Citar

ALBUQUERQUE, Marcos Alexandre dos Santos. O praiá Pankararu: objeto-fetiche modernista. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 5, 2014. DOI: 10.20396/proa.v5i.16488. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/16488. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo, analiso um dos efeitos sociais do modernismobrasileiro dos anos 1930, a objetificação cultural Pankararu, momento em que o praiá (máscara ritual desses indígenas) é capturado pelo discurso modernista como um objeto-feticheparadigmático da cultura nacional. Nesse período, a etnografia e a constituição de patrimônio cultural se colocaram como uma política de Estado. Apresento nesse contexto o trabalho de Mário de Andrade na formação da Sociedade de Etnografia e Folclore (1936) e da “Missão de 1938”, espaços onde se evidenciam a institucionalização e os efeitos desse tipo de discurso.
https://doi.org/10.20396/proa.v5i.16488
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, M. A. S. O regime imagético Pankararu (Tradução intercultural na cidade de São Paulo). Tese (Doutorado em Antropologia Social) – UFSC, Florianópolis, 2011.

ALVARENGA, O. Catálogo ilustrado do Museu Folclórico. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, Departamento de Cultura, 1950. v. 2.

AMOROSO, M. Sociedade de etnografia e folclore (1936-1939). Modernismo e antropologia. Catálogo da sociedade de etnografia e folclore. 2004. Disponível em: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/livros/pdfs/sef.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2011.

ANDRADE, M. de. A situação etnográfica no Brasil. Jornal Jurídico Síntese, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, out. 1936.

BISPO, A. A. Martin Braunwieser: contribuição ao estudo da influência austríaca e alemã na música do Brasil no século XX. Köln: Consotio 15 Internacionalis Musicae Sacrae; Institut für Hymnologische und Musikethnologische Studien, 1991. 329 p. il. [Musices Aptatio: Liber Annuarius].

_____; Alexandre, Antonio. Aproveitamento de motivos indígenas na educação musical. 1993. Disponível em: <http://www.revista.akademie-brasil-europa.org/CM22-06.htm>. Acesso em: 19 jan. 2011.

CARLINI, A. Cante lá que gravam cá: Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas de 1938. São Paulo. Dissertação (Mestrado) – FFLCH/USP, São Paulo, 1994.

_______. A viagem na viagem: maestro Martin Braunwieser na Missão de Pesquisas Folclóricas do Departamento de Cultura de São Paulo: diário e correspondências à família. São Paulo. Tese (Doutorado) – FFLCH/USP, São Paulo, 2000.

CARLINI, A.; LEITE, E. A. Catálogo histórico-fonográfico:Discoteca Oneyda Alvarenga Centro Cultural São Paulo. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1993.

CLIFFORD, J. Sobre o surrealismo etnográfico In: GONÇALVES, José Reginaldo Santos (Org.). A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1998.

__________. Museums as Contact Zones. In: ______. Routes: Travel and Translation in the Late Twentieth Century. Cambridge: Harvard University Press, 1999.

GONÇALVES, J. R. S. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Iphan, 2002.

HANDLER, R. On Sociocultural Discontinuity: Nationalism and Cultural Objectification in Quebec. Current Anthropology, Chicago, v. 25, n. 1, 1984.

MENEZES, H. de. Os praiás de Tacaratú. Revista do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano. Recife, 1935.

MOTA, C. N. da; BARROS, J. F. P. O complexo da Jurema: representações e drama social negro-indígena. In: MOTA, C. N. da; ALBUQUERQUE, V. P de (Orgs.). As muitas faces da Jurema: de espécie botânica à divindade afro-indígena. Recife: Bagaço, 2002.

NASCIMENTO, M. T. de S. A jurema: das ramas até o tronco. Ensaio sobre algumas categorias de classificação religiosa. Artigo digitado. Salvador, 1994.

OLIVEIRA, C. E. O ossuário da “gruta do padre” em Itaparica e algumas notícias sobre remanescentes indígenas do Nordeste. Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Recife, v. 38, 1942.

PINTO, E. Alguns aspectos da cultura artística dos Pancarús de Tacaratu. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 2, 1938.

ROGNON, F. Os primitivos, nossos contemporâneos. Tradução de Cláudio César Santoro. Campinas: Papirus, 1991.

SANDRONI, C.; VILAR, G.; ACSELRAD, M. Torés Pankararu ontem e hoje. In: GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo (Org.). Toré: Regime Encantado dos Índios do Nordeste. Recife: Ed. Massangana (FUNDAJ), 2005.

SHIMABUKURO, E.; BOTANI, A. S. L., AZEVEDO, J. E. Introdução. Catálogo da Sociedade de Etnografia e Folclore, 2004. Disponível em: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/livros/pdfs/sef.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2011.

SOARES, L. G. Mário de Andrade e o folclore. In: _______. Mário de Andrade e a Sociedade de Etnografia e Folclore no Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo 1936-1939. Rio de Janeiro: Funarte, Instituto Nacional do Folclore; São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1983.]

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2016 PROA - Revista de Antropologia e Arte

Downloads

Não há dados estatísticos.