Na rua, o sentido da festa
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Palavras-chave

Rua
Festa

Como Citar

MOREIRA, Frederico Luiz. Na rua, o sentido da festa: tapetes sagrados, perecíveis serragens em cor. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 197–211, 2019. DOI: 10.20396/proa.v9i1.17332. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/17332. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

A prática de enfeitar as ruas para receber o sagrado manifesto remonta ao uso de oferendas ao divino e na representação do drama social. Os antigos tapetes eram ornamentações de cunho popular, realizadas como meio expressivo de crenças religiosas na Europa. Em períodos medievais tal prática contextualizava relações diretas entre a dádiva e a retribuição, estabelecendo influências no uso de calendários agrícolas para a manutenção e prática dessas tradições. Esse objeto (tapete) evidencia especificidades próprias da sociedade que o construiu. Prepara o caminho ao sagrado, contudo, numa via constituída por um meio efêmero, fugaz. Ele retrata de maneira primorosa o entendimento da comunidade sobre o rito, e por sua vez, sobre a festa. A partir de experiências antropológicas em campo foram observadas as feituras dos tapetes de serragens, que ornamentam a via da procissão na festa de Corpus Christi, em Sabará/MG.

https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17332
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Referências

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Copyright (c) 2019 Frederico Luiz Moreira

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