Dicionário de Judith Martins e sua relevância na análise do patrimônio escultórico em Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.20396/proa.v7i2.16805Palavras-chave:
Escultura, Artistas e artífices, Judith Martins, Minas GeraisResumo
O objetivo deste trabalho é analisar o Dicionário de Artistas e Artífices dos Séculos XVIII e XIX em Minas Gerais, de Judith Martins, pesquisando os documentos especificamente relacionados à fatura escultórica em madeira. A metodologia usada selecionou todas as referências relacionadas aos ofícios, categorias de obras, localidades, pagamentos, fatura original, intervenções e terminologias da época. Demonstramos como resultados que, nos séculos XVIII e XIX, em Minas Gerais, como através de toda história da arte, os artistas eram sempre os próprios “restauradores” do passado. Estes registros são testemunhos da importância do nosso acervo religioso e do caráter de “decoro” e “decência” que eram exigidos, para que as imagens cumprissem sua função de incitar a devoção. No campo da conservação-restauração de escultura policromada em madeira consideramos que o dicionário de Judith Martins e outros continuam sendo fontes de pesquisa interdisciplinar, onde os documentos históricos, a história da arte e a análise técnico-científica das obras podem nos levar a um melhor conhecimento da cultura de uma época e consequente valorização de nosso patrimônio escultórico.
Downloads
Referências
ACIOLY, Vera Lúcia C. A identidade da beleza: dicionário de artistas e artífices do século XVI ao XIX em Pernambuco. Recife: Editora Massangana, 2008.
ALVES, Celio Macedo. Pintores, policromia e o viver em colônia. Revista Imagem Brasileira, Centro de Estudos da Imaginária Brasileira, Belo Horizonte, n. 2, 2003.
ALVES, Marieta. Dicionário de artistas e artífices na Bahia. Salvador: Universidade Federal da Bahia, Centro Editorial e Didático, Núcleo de Publicações, 1976.
ARAÚJO, Jeaneth Xavier de. O trabalho artístico e artesanal na Vila Rica setecentista. Revista Imagem Brasileira, Centro de Estudos da Imaginária Brasileira,Belo Horizonte, n. 2, 2003.
Barroco Itália Brasil: prata e ouro na Casa Fiat de Cultura / Angelo Oswaldo, Giorgio Leone, Rossella Vodret. São Paulo: Base7 Projetos Culturais, 2014, 120 p. il., col., 23 x 28 cm. ISBN 978-85-62094-14-9 1.
BLUTEAU, Rafael. Vocabulário portuguez & latino: áulico, anatômico, architectonico... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712.
BRUQUETAS, Rocío. Los Gremios, las Ordenanzas, los obradores. La pintura europea sobre tabla: siglos XV, XVI y XVII,Madrid, MCU, p. 20-31, 2010.
COELHO, Beatriz. Estado atual da conservação do patrimônio escultórico no Brasil.GE Grupo Espanhol de Conservación- IIC, Madrid, v. 1, n. 2, p. 7-19, 2011.
COELHO, Beatriz, QUITES, Maria Regina Emery. Estudo da escultura devocional em madeira.
Editora Fino Traço, Belo Horizonte, 2014.
MALDONADO, Rodrigo. MOEDAS BRASILEIRAS. Catálogo Oficial. MBA gráfica e editora, 2014.
MARTINS, Judith. Dicionário de Artistas e Artífices dos Séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1974. Vol.1 e 2.
SERRÃO, Vitor. “Renovar, Repintar, Retocar”: estratégias do pintor-restaurador em Portugal, do século XVIII ao XIX. Razões ideológicas do iconoclasma destridor e da iconofilia conservadora, ou o conceito de “restauro utilitarista”, versus “restauro cientifico”. CONSERVAR PATRIMONIO, ARP Associação Profissional de Conservadores-Restauradores de Portugal, números 3-4, Dezembro, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Maria Regina Emery Quites Quites, Agesilau Neiva Almada, Idanise Sant'ana Azevedo Hamoy, Maria Luiza Seixas de Souza e Silva, Martha Maria de Castro e Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O periódico Proa: Revista de Antropologia e Arte utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.