Políticas da estética no Brasil e Argentina: corpo, gênero e memória em Cabra Marcado para Morrer e La historia oficial
PDF

Como Citar

ACUÑA, Mauricio. Políticas da estética no Brasil e Argentina: corpo, gênero e memória em Cabra Marcado para Morrer e La historia oficial. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 1, 2017. DOI: 10.20396/proa.v7i1.16522. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/16522. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo propõe uma análise comparada de dois filmes – a obra ficcional argentina dirigida por Luis Puenzo, La história oficial (1985), e o documentário brasileiro conduzido por Eduardo Coutinho, Cabra Marcado para Morrer (1984). A aproximação entre os filmes será mediada pelo problema da relação entre corpo feminino, memória, luto e imaginação nacional. Para sustentar a argumentação em torno do objeto empírico como base de uma reflexão político-estético-social – mobiliza-se uma teoria da imagem embasada no campo da antropologia visual na qual o cinema reapresenta realidades, ficcionaliza e elabora aspectos da história e da memória como forma de conhecimento e da experiência em si. O cinema, portanto, constitui história, conhecimento, experiência estética e social, conforme reivindica Jacques Rancière, filosofia de aporte fundamental ao longo o texto.


Palavras-chave> cinema; corpo; memória; gênero; nação.

https://doi.org/10.20396/proa.v7i1.16522
PDF

Referências

AB’SÁBER, TALES. Cabra marcado para morrer, cinema

e democracia. In: OHATA, MILTON. Eduardo Coutinho.

São Paulo: Cosac Naify, 2013.

MAYO, ABUELAS DE LA PLAZA. La historia de Abuelas:

años de búsqueda. 3. ed. Buenos Aires: Abuelas de

Plaza de Mayo, 2007.

ALTMANN, ELISKA. “Memórias de um Cabra Marcado

pelo Cinema: representações de um Brasil rural”. Campos

(2), pp. 87-105, 2004.

ANDERSON, BENEDICT. Imagined communities: reflections

on the origin and spread of nationalism. New York:

Verso, 2006.

BECEYRO, RAÚL. “Narrar el horror”. In: Cine y política:

ensayos sobre el cine argentino. Santa Fe: Universidad

Nacional del Litoral, 1997 [1985].

BECEYRO, RAÚL. “Los límites. Sobre La Lista de Schindler”.

Revista TOMA UNO (1): 19-24, 2012.

BERNARDET, JEAN-CLAUDE. Vitória na lata de lixo da

história. In: OHATA, MILTON. Eduardo Coutinho. São

Paulo: Cosac Naify, 2013.

BLÁZQUEZ, GUSTAVO. Celebraciones escolares y

poéticas patrióticas: la dimensión performativa del Estado-

Nación. Revista de Antropologia, v. 55, n. 2, pp.

–746, 2012.

COUTINHO, EDUARDO. Entrevista “Nenhum filme era

igual a ele”. Bragança, Felipe (org.). Eduardo Coutinho.

Rio de Janeiro: Beco Azougue Editorial, 2009.

COUTINHO, EDUARDO. Entrevista “O real sem aspas”.

Bragança, Felipe (org.). Eduardo Coutinho. Rio de Janeiro:

Beco Azougue Editorial, 2009.

CHOI, DOMIN. “La ironía política y una imagen de

menos: De La historia oficial a Garage Olimpo”. In: Pensamiento

de los Confines, n. 23/24, abril de 2009.

DA CUNHA, EUCLIDES. Os sertões. Rio de Janeiro; São

Paulo: Laemmert C., 1905.

DAS, VEENA. “O ato de testemunhar: violência, gênero e

subjetividade”. Cadernos Pagu (37), julho-dezembro, p.

-41, julho-dezembro de 2011.

FALICOV, TAMARA L. “Film production in Argentina under

democracy, 1983-1989: The official story (La historia

oficial) as an international film”. Southern Quarterly;

Summer, Vol. 39 Issue 4, pp. 123-134, 2001.

FORCINITO, ANA. “De la Plaza al Mercado: La Memoria,

el Olvido y los Cuerpos Femeninos en Puenzo, Solanas

y Aristarain”. Chasqui, Vol. 29, n. 2 pp. 122-134,

nov. 2000.

LINS, CONSUELO. “Cabra Marcado para Morrer: um

novo modo de se fazer documentário”. In: O Documentário

de Eduardo Coutinho. Televisão, cinema e vídeo.

Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

MAYO, ASSOCIACIÓN DE ABUELAS DE PLAZA DE. La

Historia de Abuelas: 30 Años De Búsqueda. 3. ed. Buenos

Aires: Abuelas de Plaza de Mayo, 2007.

MESQUITA, CLÁUDIA CARDOSO. “Entre agora e outrora:

a escrita da história no cinema de Eduardo Coutinho”.

Galaxia, n. 31, pp. 54-65, abr. 2016

MCCLINTOCK, ANNE. Couro Imperial; raça, gênero

e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora

UNICAMP, 2010.

NICHOLS, BILL. Representing Reality: Issues and Concepts

in Documentary. Bloomington and Indianapolis:

Indiana University Press, 1991.

NOVAES, SYLVIA CAIUBY. “Image and Social Sciences:

The Trajectory of a Difficult Relationship”. Visual Anthropology,

, pp. 278–298, 2010.

RAMSEY, CYNTHIA. “The Official Story: Feminist re-visioning

as spectator response”. Studies in Latin American

Popular Culture. Vol. 11, p. 157, 1992.

RANCIÈRE, JACQUES. O Desentendimento: política e filosofia.

São Paulo: Ed. 34, 1996.

RANCIÈRE, JACQUES. “Políticas de la estética”. In: El

malestar en la estética. Buenos Aires: Libros del Zorzal,

RANCIÈRE, JACQUES. “Prólogo”. In: Las distancias en el

cine. Buenos Aires: Manantial, 2012.

SAYAD, CECILIA. “Flesh for the Author: Filmic Presence

in the Documentaries of Eduardo Coutinho”. The Journal

of Cinema and Media, Volume 51, Number 1, pp. 134-

, Spring 2010.

SCHWARZ, ROBERTO. O fio da meada. In: OHATA, MILTON.

Eduardo Coutinho. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

VASCONI, TOMÁS AMADEO. “Argentina y Brasil: perspectivas

de dos procesos de transición democrática”.

Revista Mexicana de Sociología, Vol. 48, n. 3, pp. 31-43,

jul-sep., 1986.

XAVIER, ISMAIL. “Indagações em torno de Eduardo

Coutinho e seu diálogo com a tradição moderna”. Comunicação

e Informação, Vol. 7, n. 2: pp. 180-187. juldez.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2017 PROA Revista de Antropologia e Arte

Downloads

Não há dados estatísticos.