Resumo
Na tradição intelectual francesa, a canção social engajada foi por muito tempo contra-poder. Com as mudanças da produção artística, a canção moderna empenhou-se num processo econômico-industrial-técnico-comercial. A tradição francesa da canção engajada teria desaparecido com as novas mídias? A mercantilização da canção se expressaria por um declínio da função política do artista? Este artigo trata de interrogar a recepção social das canções de um artista engajado, Bernard Lavilliers, a fim de ler a arte tal como ela é vivida nos concertos por seus públicos. A partir de uma pesquisa de campo sociológica (questionários, entrevistas e observações de concertos), trata-se de elaborar uma tipologia de públicos e de compreender a função simbólica do artista como mediador de mensagens políticas, seu papel imaginário, seu lugar simbólico, para captar a música como fato social e compreender esta “comunidade ficcional provisória” que constitui o público de um concertoEste trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 PROA - Revista de Antropologia e Arte
Downloads
Não há dados estatísticos.