Banner Portal
Adivinhação e profecia na Grécia Antiga
PDF

Palavras-chave

Adivinhação. Adivinhos. Auspícios. Profecia. Oráculo. Grécia Antiga.

Como Citar

FRADE, Gustavo Henrique Montes. Adivinhação e profecia na Grécia Antiga. Phaos: Revista de Estudos Clássicos, Campinas, SP, v. 18, n. 2, 2019. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/phaos/article/view/9835. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Este artigo, depois de uma breve contextualização da Grécia como integrante do que Burkert (1975) chama de “continuum cultural da Mesopotâmia ao Mediterrâneo”, parte de algumas tentativas de definição da adivinhação, para depois se dedicar às práticas gregas antigas da leitura de sinais interpretáveis (entre os quais predomina a observação de voo de pássaros, nos poemas homéricos, e a leitura do fígado de animais sacrificados, nos relatos do Período Clássico) e dos oráculos extáticos, inspirados pelos deuses (como o oracúlo de Delfos), considerando a adivinhação e a profecia como parte fundamental da experiência do divino em meio às incertezas inerentes ao limitado conhecimento de um mortal diante da constante necessidade de ação e decisão. Inclui algumas considerações sobre a prática profissional dos adivinhos (listado entre os δημιοεργοί, profissionais que prestam serviço à comunidade, na Odisseia, XVII, 382-5, e organizados em guildas no Período Clássico) e seus antecedentes míticos.

PDF

Referências

ALLEN, James. (2010). Greek Philosophy and Signs. In: ANNUS, Amar (ed.) Divination and Interpretation of Signs in the Ancient World. Chicago: The University of Chicago, p. 29-42.

ANNUS, Amar. (2010). On the beginnings and continuities of omen sciences in the Ancient World. In: ANNUS, Amar (ed.) Divination and Interpretation of Signs in the Ancient World. Chicago: The University of Chicago, 2010, p. 1-18.

BONNECHERE, Pierre Bonnechere. (2013). “Oracles et mentalités grecques: La confirmation d’un oracle par une seconde consultation au même sanctuaire”. Kernos, v. 26, p. 73-94.

BRISSON, Luc. (1974). Du bon usage du dérèglement. In: VERNANT, Jean-Pierre et al. Divination et Rationalité. Paris: Éditions du Seuil, p. 220-248.

BURKERT, Walter. (1995). The Orientalizing Revolution: Near Eastern Influence on Greek Culture in the Early Archaic Age. Translated by Margaret E. Pinder and Walter Burket. Cambridge: Harvard University Press.

BURKERT, Walter. (2005) Signs, commands and knowledge: Ancient divination between enigma and epiphany. In: JOHNSTON, Sarah Iles; STRUCK, Peter T. Mantikê: Studies in Ancient Divination. Leiden: Brill, p. 29-49.

CARLIER, Jeannie. (1974). Du bon usage du dérèglement. In: VERNANT, Jean-Pierre et al. Divination et Rationalité. Paris: Éditions du Seuil, p. 249-263.

CASEVITZ, Michel. (1992) Mantis: Le vrai sens. Revue des Études Grecques, t. 105, f. 500-501, 1992, p. 1-18.

CHANTRAINE, Pierre. (1999). Dictionnaire étymologique de la langue grecque. Paris: Klincksieck.

COLLINS, Derek. (2002). “Reading the Birds: Oionomanteia in Early Epic”.Colby Quarterly, v. 38, i. 1, p. 17-41.

CORREIA, Beatriz Cristina de Paoli. (2015). A adivinhação na Tragédia de Ésquilo. 407 p. Tese (Doutorado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

CRAHAY, Roland. (1974). La bouche de la verité. Divination et Racionalité. Paris: Éditions du Seuil, p. 201-219.

DILLERY, John. (2005) Chresmologues and manteis: independent diviners and the problem of authority. In: JOHNSTON, Sarah Iles; STRUCK, Peter T. Mantikê: Studies in Ancient Divination. Leiden: Brill, p. 167-231.

EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. (2005). Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. Edição resumida e introdução: Eva Gillies. Tradução: Eduardo Viveiro de Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

FLOWER. Michael. (2008). The seer in Ancient Greece. Berkeley: University of California Press.

GASPARRO, Giulia Sfameni. (2013). Oracoli e teologia: praxisoracolare e riflessioni. Kernos, v. 26, 2013, p. 139-156.

GRATTI, Beatris Ribeiro. (2009). Sobre a adivinhação, de Marco Túlio Cícero. 239 p. Dissertação (Mestrado). Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas.

HARRISON, Thomas. (2002). Divinity and History: The Religion of Herodotus. Oxford: Oxford University Press.

HARTOG, François. (2014). O espelho de Heródoto: ensaio sobre a representação do outro. Tradução de Jacyntho Lins Brandão. 2.ed. Belo Horizonte: Editora UFMG.

HOMERI Ilias. (1931) 3 vols. edidit T. W. Allen. Oxford: Clarendon Press.

HOMERI Odyssea. (1991) Recognovit Helmut van Thiel. Hildesheim: Georg Olms Verlag.

MURAKAWA, Kentarô. (1957). Demiurgos.ZeitschriftfürAlte Geschichte, Bd. 6, H. 4, p. 385-415.

JOHNSTON, Sarah Iles. (2008). Ancient Greek Divination. Oxford: Blackwell Publishing.

MOTTE, André. (2013). Qu’entendait-on par prophètès dans la Grèce ancienne. Kernos, v. 26, p. 9-23.

NISSINEN, Martti. (2010). Prophecy and Omen Divination: Two Sides of the Same Coin. In: ANNUS, Amar (ed.) Divination and Interpretation of Signs in the Ancient World. Chicago: The University of Chicago, p. 341-351.

PLATON. (19-) Oeuvres complètes. Texte établi et traduit par Maurice Croiset et al. 4 ed. rev. et cor. Paris: Les Belles Lettres.

ROUGEMONT, Georges. (2013) L’oracle de Delphes: quelques mises au point. Kernos, v. 26, p. 45-58.

ROTH, Paul. (1984). The Derivation and Significance of the Term θεοπρόπος.Glotta, n. 62. v. 3/4, p. 150-152.

SCURLOCK, Joann. (2010) Prophecy as a Form of Divination; Divination as a Form of Prophecy. In: ANNUS, Amar (ed.) Divination and Interpretation of Signs in the Ancient World. Chicago: The University of Chicago, p. 277-316.

TORRANO, Jaa. (2009) Tragédias. Estudo e tradução: Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras.

TORRE, Emilio Suárez de la. (2013) Divination et magie: Remarques sur les papyrus grecs de l’Égypte gréco-romaine. Kernos, v. 26, p. 157-172.

USTINOVA, Yulia. (2013) Modes of Prophecy, or Modern Arguments in Support of the Ancient Approach. Kernos, v. 26, p. 25-44.

VERNANT, Jean-Pierre. (1974) Parole et signes muets. Divination et Racionalité. Paris: Éditions du Seuil, p. 9-25.

VERNANT, Jean-Pierre. (2006) Mito e Religião na Grécia Antiga. Tradução de Joana Angélica D’Ávila Melo. São Paulo: WMF Martins Fontes.

XENOPHON. (1949-1954) Anabase. Texte établi et traduit par Paul Masqueray. 2 vols. Paris: Les Belles Lettres.

ZAIDMAN, Louise Bruit. (2013). “Xénophon, l’oracle de Delphes et la divination”. Kernos, v. 26, p. 59-72.

Al someter textos a PhaoS, sus autores deben ser conscientes de que, si se aprueban para publicación, la revista tendrá sobre ellos todos los derechos de autor pertinentes. Los originales no se devolver. La revista adopta la Licencia de Creative Commons internacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.