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“Operação Lisístrata”: do teatro ao ato. A recepção da comédia de Aristófanes nos anos de chumbo da ditadura brasileira
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Palavras-chave

Aristófanes. Lisístrata. Ditadura Brasileira. Ruth Escobar. Millôr Fernandes. Jorge Amado. Tereza Batista Cansada de Guerra. Augusto Boal. Mulheres de Atenas.

Como Citar

DUARTE, Adriane da Silva. “Operação Lisístrata”: do teatro ao ato. A recepção da comédia de Aristófanes nos anos de chumbo da ditadura brasileira. Phaos: Revista de Estudos Clássicos, Campinas, SP, n. 15, 2016. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/phaos/article/view/9453. Acesso em: 4 out. 2024.

Resumo

O artigo analisa a recepção que a comédia Lisístrata, de Aristófanes, teve no Brasil durante a ditadura militar, mais especificamente entre os anos de 1967 e 1976. A montagem de Lisístrata (1967), com tradução de Millôr Fernandes e Ruth Escobar no papel principal, teria inspirado um discurso do deputado Moreira Alves (MDB/GB) que serviu de pretexto para a promulgação do AI-5, marco do recrudescimento da ditadura brasileira. Em 1972, Jorge Amado publica Tereza Batista Cansada de Guerra, romance em que a personagem homônima encarna em certos aspectos a heroína aristofânica. Em 1975, Augusto Boal, então no exílio, escreve a peça Lisa, a mulher libertadora, inspirada em Lisístrata. O interesse que a comédia de Aristófanes suscita em nomes expressivos na luta contra governos autoritários sugere que, no Brasil,  a personagem tornou-se um símbolo da luta libertária no período da ditadura.

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Referências

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